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Sidrolandia

Agressão com peça de compressor durou 10 minutos, apesar de apelos da vítima

O jovem afirmou que foi segurado pelo vizinho e colega de trabalho, de 31 anos, depois de pedir para que ele comprasse um refrigerante.

Midiamax

10 de Fevereiro de 2017 - 16:27

As agressões ao adolescente de 17 anos ferido com uma mangueira de compressor de ar pelo patrão e um colega de trabalho teriam durando cerca de 10 minutos. Mesmo diante dos apelos do jovem, os autores teriam pressionado a mangueira em seu ânus por vários minutos e só pararam quando viram o rapaz passar mal.

A advogada do adolescente, Katarina Viana, contou ao Midiamax a versão do cliente, que mesmo abatido relatou o que se lembra do dia do crime, 3 de fevereiro. O jovem afirmou que foi segurado pelo vizinho e colega de trabalho, de 31 anos, depois de pedir para que ele comprasse um refrigerante.

O homem teria se negado, batido nele com um pano e minutos depois, quando a conversa já tinha se encerrado, surpreendido o adolescente o colocado nas costas e levado até onde estava o dono do lava-jato, de 20 anos. Neste momento que o proprietário do local teria colocado a mangueira no ânus do funcionário. Foram, segundo ele, 10 minutos de agressão.

“Ele pediu para parar, mas eles não pararam. A agressão só parou quando ele [adolescente] começou a vomitar e defecar. Ele contou também que a barriga dele começou a doer muito forte antes do fim da violência”, lembrou a advogada. Para a polícia, tanto os autores quanto o próprio adolescente, alegaram que a mangueira de compressor de ar foi colocada por cima das roupas do jovem.

Os discursos se divergem no momento em que os suspeitos afirmam que a vítima teria começado a ‘brincadeira’ usando a mangueira para assustar o colega de trabalho, que estava no banheiro, minutos antes do caso.

Para a advogada, o adolescente contou que nunca brincou com o equipamento e que, ao contrário do depoimento da sogra do proprietário do lava-jato, a prática não era comum entre os três. O cunhado do dono no local, de 11 anos, estava presente no dia da agressão e já prestou depoimento à polícia.

“Estamos acompanhando o inquérito policial, que será enviado para o MPE (Ministério Público Estadual) ao fim das investigações. Depois vamos analisar as medidas a serem tomadas”, afirmou Viana.

De acordo com a assessoria de comunicação da Santa Casa, onde o adolescente está internado, o estado de saúde do paciente teve melhora. Ele foi transferido para o quarto, e teve a sonda de alimentação retirada. Nesta quinta-feira (9), ele passou por um procedimento cirúrgico para drenar líquido dos pulmões.