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Sidrolandia

Alunos de Escola estadual do Eldorado estão sem aula há 8 dias porque energia elétrica foi cortada

A Enersul fez o corte de surpresa, sem notificação prévia na tarde do último dia 23, uma terça-feira, deixando a sede do assentamento sem energia às escuras no período noturno

Flávio Paes/Região News

01 de Agosto de 2013 - 08:53

Há mais de uma semana aproximadamente 250 alunos do ensino médio da Escola Estadual Paulo Eduardo de Souza Firmo do período noturno estão sem aula. A escola do Assentamento Eldorado, que à noite funciona em cinco salas cedidas a pela Prefeitura, também foi afetada pela interrupção no fornecimento de energia elétrica.

A Enersul fez o corte de surpresa, sem notificação prévia na tarde do último dia 23, uma terça-feira, deixando a sede do assentamento sem energia às escuras no período noturno. Segundo o INCRA, a luz foi cortada por falta de pagamento que deixou de ser responsabilidade da autarquia. Prefeitura e Governo do Estado terão de definir quem pagará a conta.

No período vespertino as turmas são obrigadas a estudar na varanda do prédio improvisado que abriga a escola porque não há luminosidade natural suficiente. Documentos de transferências, diários de classe dos professores, que só podem ser feitos por meio do sistema de comunicação interna on-line da Secretaria Educação, também estão prejudicados.

Como é natural o clima entre alunos e funcionários é de revolta e indignação. “Diariamente ligo para Secretaria cobrando providências”, informa diretora Viviane Rodrigueiro Franco Domingues.  A secretária da escola, Shirley Aquiles, está contando com todo o trabalho acumulado.

“Estão parados os pedidos de transferências e até de comprovante de escolaridade para um ex-aluno que precisa do documento para fazer matrícula na faculdade”, informa. Ela conta com o apoio das escolas estaduais da cidade para fazer os serviços urgentes. O problema é que o assentamento fica a 40 quilômetros do perímetro urbano e não há um carro para ela fazer o trajeto, levando toda a papelada. 

As mães do aluno estão preocupadas com a situação. É o caso de Laura Franco de Souza, funcionária do posto de saúde que também está com o funcionamento comprometido pela falta de luz. Ela é mãe de um adolescente, Adriane Franco, aluno do Ensino Médio Noturno. “Tomará que haja uma solução imediata, são sete dias sem aula”, lembra.

A diretora relata que só depois de três dias sem energia é que a comunidade “descobriu” o motivo do corte. A Enersul não fez uma notificação prévia do corte e nem explicou as razões. Apresentou uma lista de matérias para serem trocados na rede. “Pensamos que fosse problema na rede. São comuns as oscilações e interrupções de energia”, explica. É tão precário que não suporta a instalação de 10 computadores do laboratório de informática. “Os computadores está a dois anos embalados da caixa”, impedindo o acesso dos alunos.