Sidrolandia
Ambiente político destaca MS em estudo sobre potencialidade
Em seguida, o segundo pior desempenho é o Ambiente Econômico, onde o Estado ficou em 13° lugar no ranking, com 37,5 pontos.
Campo Grande News
03 de Dezembro de 2012 - 13:45
No levantamento publicado no último fim de semana pela revista Veja, sobre as potencialidades dos 27 estados para receber investimentos estrangeiros, Mato Grosso do Sul se destacou na política. No Ambiente Político, o Estado ficou em 5° lugar na classificação geral entre as 27 unidades de federação, com 56,3 pontos, sendo a média nacional de 43,6. Neste índice foram avaliados os indicadores de corrupção, estabilidade política, burocracia e condições de segurança.
O levantamento, elaborado pela Unidade de Inteligência do grupo inglês Economist e divulgado no Brasil pelo Centro de Liderança Pública, mostra pelo segundo ano consecutivo o Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros. Na avaliação de todos os indicadores, Mato Grosso do Sul ficou em 10° lugar no ranking geral.
A pior desenvoltura do Estado foi em relação ao indicador Recursos Humanos, que analisa a oferta e produtividade da mão de obra e os graduados em universidades. O Estado ficou em 14° lugar no ranking, com a nota de 33,3, mais de cinco pontos abaixo da média nacional que foi de 38,6.
Em seguida, o segundo pior desempenho é o Ambiente Econômico, onde o Estado ficou em 13° lugar no ranking, com 37,5 pontos. A média nacional no quesito é de 40,1. Na questão econômica foram avaliados o tamanho e o crescimento do mercado, a renda per capita média e a desigualdade de renda.
Para definir as notas, foram compilados dados de relatórios jurídicos, publicações acadêmicas e de governo, além de sites de autoridades. O resultado em cada quesito foi ponderado em uma fórmula matemática e convertido para uma escala de zero a 100.
De acordo com a pesquisa, apenas São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina se qualificam em um ambiente de negócios apropriado para quem pretende atuar no setor produtivo brasileiro.
O levantamento analisou os indicadores de Infraestrutura, Ambiente Econômico, Ambiente Político, o Regime Tributário e Regulatório, Inovação, Políticas para Investimentos Estrangeiros, Recursos Humanos, Inovação e Sustentabilidade dos estados.
Das quatro classificações do levantamento - muito bom, bom, moderado e ruim - Mato Grosso do Sul foi avaliado como bom em três indicadores, Ambiente Político, Políticas para Investimentos Estrangeiros e Sustentabilidade, sendo o último a melhor pontuação do Estado no levantamento. Nos outros cinco quesitos o Estado foi conceituado como moderado.
De acordo com o levantamento, apenas os Estados que conseguem reduzir os obstáculos que afugentam os investidores, como a burocracia, a deficiência da mão de obra, as falhas na infraestrutura e a instabilidade das regras econômicas, é que estão capacitados para receber tais recursos.
A melhor desenvoltura de todos os Estados foi nos indicadores de Sustentabilidade e Políticas para Investimentos Estrangeiros, onde a maioria teve bom ou muito bom desempenho.
Segundo o levantamento, a crise econômica internacional ampliou a possibilidade de atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, que já estava no centro das atenções em razão da proximidade da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada do Rio, em 2016. Sem perspectivas de negócios nos países desenvolvidos, as grandes corporações voltaram seus olhos para as nações emergentes.
Enquanto em alguns pontos o Brasil se aproxima dos países desenvolvidos, em outros segue no pré-capitalismo, afugentando capital. O marco regulatório ainda é caótico. Um estudo do Fórum Econômico Mundial mostrou que o ambiente de negócios brasileiro é o 48º entre 144 países analisados. Em dezenove estados, incluído São Paulo, houve mais de vinte decretos modificando a legislação tributária a cada mês. A burocracia é outro entrave. Abrir uma empresa no Brasil em 2011 levou em média 119 dias. Nos Estados Unidos, o prazo variou de uma semana a nove dias.
A carga tributária é a mais alta entre os países em desenvolvimento. Em dezenove unidades da federação, as estradas são consideradas ruins ou péssimas. Há alguns alentos na área de infraestrutura, como o pacote de privatizações anunciado pela presidente Dilma Rousseff. Mas os gargalos ainda dificultam o escoamento da produção e aumentam o custo dos produtos feitos no Brasil.