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Sidrolandia

Aterro sanitário terá fábrica de mangueira feita com embalagem de agrotóxicos

Para despejar no aterro as 30 toneladas de lixo coletadas na cidade, a Prefeitura vai pagar em torno de R$ 90,00 por tonelada, uma despesa de R$ 2.700,00

Flávio Paes/Região News

16 de Novembro de 2016 - 07:00

A empresa paranaense Elite Max Ambiental Central Norte Paranaense planeja implantar junto com o aterro sanitário uma unidade para fabricação de mangueiras, galões e sacos plásticos. Vai usar como matéria prima as embalagens de agrotóxicos usados nas lavouras da região, é que pela nova legislação nacional de resíduos sólidos, essas embalagens não podem ser mais enterradas, sendo as fabricantes responsáveis pela destinação final (a logística reversa). Estas empresas (todas multinacionais) vão pagar à Elite pelo serviço que terá uma receita adicional com estes subprodutos obtidos com o reaproveitamento.

Esta fabrica, segundo o diretor da empresa, Valdemir Bueno, será instalada na mesma área do aterro sanitário que planeja implantar na área de 16,9 hectares que está recebendo da prefeitura na saída para Quebra Coco, às margens da MS-162. Na semana passada, foi sancionada a lei que dá à concessão de uso de mais 6,9 hectares, somando-se aos 10 hectares que havia recebido inicialmente, onde deve ficar o aterro privado.

Para despejar no aterro as 30 toneladas de lixo coletadas na cidade, a Prefeitura vai pagar em torno de R$ 90,00 por tonelada, uma despesa de R$ 2.700,00, custo inferior aos R$ 400,00 que teria conforme as contas, de Bueno, caso tivesse e operasse diretamente um aterro sanitário, que exige investimento de R$ 2,5 milhões, na implantação. Este recurso o município não dispõe e não há fonte de financiamento, nem verba a fundo perdido alocado junto à União.

Contrapartida

Como contrapartida pelo recebimento dos 16,9 hectares que custou a Prefeitura R$ 845 mil, a Elite Max Ambiental vai recuperar a área degradada com o atual lixão, exigência do Termo de Ajustamento de Conduta firmado ano passado com o Ministério Público.

Segundo o diretor da empresa, o trabalho de recuperação do lixão já começou. Ele calcula um investimento de aproximadamente R$ 500 mil, abrangendo a abertura de uma vala onde será colocada uma manta para proteger o solo de contaminação, um sistema de drenagem do chorume, aterramento do lixo depositado diariamente, além da recomposição vegetal. Toda área será cercada e não vai ser permitida a permanência de catadores, do material reciclável. Neste período de transição até que o aterro fique pronto, o município vai despejar o lixo coletado na cidade sem nenhum custo.

Também será adaptado um espaço para ser depositado (provisoriamente) os entulhos da construção civil até que entre em operação a usina de reciclagem da Promessa Compostagem, que recebeu 3 hectares junto a esta área onde será implantado o aterro sanitário. O material será triturado para produção de areia e pedra brita, além de extraída o ferro e a madeira existente, para eventual comercialização.