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Sidrolandia

Batayporã e Bandeirantes decretam situação de emergência

Em Bandeirantes, a área rural foi afetada por causa das precipitações de fevereiro e março que ficaram acima das condições normais

Conjuntura Online

28 de Março de 2011 - 16:20

O DOE (Diário Oficial do Estado) traz hoje (28) dois decretos que declaram situação de emergência dos municipios de Batayporã e Bandeirantes. Estas cidades tiveram prejuízos causados por enchentes ou inundações das fortes chuvas nos meses de fevereiro e março.

Em Bandeirantes, a área rural foi afetada por causa das precipitações de fevereiro e março que ficaram acima das condições normais. Houve atraso na colheita da soja, com perda de aproximadamente 38,6551% da produção, gerando um prejuízo estimado de R$ 19.714.101,00.

As perdas do setor agrícola afetaram o setor produtivo e econômico do município, fazendo com que a baixa produtividade alcançada por cada produtor deixou em condição de inadimplência com os credores particulares e oficiais.

As chuvas provocaram também na área rural danos em estradas vicinais e na rodovia MS-245, além de destruir pontes, impedindo o tráfego normal de veículos, caminhões e transporte escolar, levando inclusive a suspensão por tempo indeterminado das aulas para os alunos da Rede Municipal de Ensino.

Batayporã

As chuvas causaram inundações da zona rural de Batayporã nas imediações do antigo Posto Fiscal Estadual junto ao Rio Bahia, com inicio na propriedade de Antonio Rosário Migliorini, até a divisa com os Estados de São Paulo e Paraná (Rio Paraná), e o município de Taquarussu. As inundações afetaram as pastagens artificiais e naturais de diversas propriedades, assim como criadouros de ovinos, caprinos, suínos e bovinos, de várias propriedades, causando prejuízos econômicos e sociais ao município.

O crescimento desordenado das enchentes está fazendo com que proprietários conduzam seus rebanhos para um perímetro mais alto, e ainda ocupando estradas vicinais para socorrerem seus animais, onde aguardam a normalização das áreas inundadas. No local declarado como situação anormal, a inundação se encontra em nível elevado, sem quebra de restrição de vazão que é de 24.000m³ por segundo (limite utilizado pela Cesp), provocando a inundação de várias propriedades rurais, e moradores ribeirinhos da área supracitada.

Prejuízos

Durante a visita do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, no início deste mês em Campo Grande, o governador André Puccinelli reiterou o pedido de auxílio ao governo federal justificando que, além de famílias desabrigadas e pontes e estradas danificadas, o problema também está na produção rural.

“A receita do Estado é baseada principalmente no ICMS da produção primária. Nossa soja já teve previsão de 5,5 milhões de toneladas e já sabemos que terá um prejuízo de no mínimo um milhão de toneladas e mais a perda da qualidade do restante que será colhido. Ficaremos num ano magro”, justificou.