Sidrolandia
Blitz educativa alerta sobre o autismo em Dourados
O tema da mobilização desta edição é Quanto mais tempo uma criança com autismo ficar sem ajuda, mais difícil será alcançá-la.
Dourados Agora
02 de Abril de 2011 - 11:00
Blitz educativa para lembrar o Dia Mundial do Autismo acontece neste sábado na Avenida Marcelino Pires, em frente à Praça Antonio João, das 8h às 12h.
O tema da mobilização desta edição é Quanto mais tempo uma criança com autismo ficar sem ajuda, mais difícil será alcançá-la.
Membros do Grupo de Estudo e Apoio a Profissionais e Pais em Autismo (Geappa), profissionais da saúde, professores e estudantes de pedagogia e psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), pais e familiares de autistas participam da mobilização. A blitz vai contar com o apoio da Polícia Militar e Guarda Municipal.
De acordo com a presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas da Grande Dourados (AAGD), Ana Cláudia Pereira Brito, a campanha visa ressaltar a necessidade da conscientização dos familiares quanto à importância do tratamento das crianças, e que, quanto antes o diagnóstico, melhor a condição da criança de superar a dificuldade.
Muitos pais percebem que seu filho tem características diferentes, mas não sabe que é autismo. O tratamento desde o início facilita a inserção da criança na sociedade, diz.
Sinais como a demora no desenvolvimento da fala e a falta de socialização nas brincadeiras são apresentados logo cedo e os pais devem estar atentos. Existem pessoas com sintomas e que não sabem que sofrem do transtorno, ou pais, principalmente de primeira vigem, que acham que é preguiça do filho em falar ou brincar com outras crianças, afirma Ana Cláudia.
Os pais que sabem que seu filho é portador da síndrome geralmente isolam a criança, muitas vezes por não saber que seu filho tem direito, por exemplo, de ser incluído no ensino regular. Alguns pais não permitem que o filho vá para a escola por não saber que lá ele conta com professores de apoio que auxiliam no aprendizado, destaca Cristiane de Graaw Souza, vice-presidente da AAGD.
Em Dourados e região existem pelo menos 80 pessoas com o transtorno. A incidência da síndrome é maior em meninos, sendo que cada criança apresenta sintomas e perfil diferentes. A maioria das crianças autistas frequenta a Rede Municipal de Ensino, que mantém salas multifuncionais para atender essas crianças no contraturno das aulas normais.