Sidrolandia
Boa alimentação requer conhecimento sobre os produtos consumidos
Segundo estudo realizado pelo Instituto Latin Panel, 35% da população brasileira consome algum produto diet ou light
JC Online - Jornal do Comercio
21 de Setembro de 2010 - 06:54
Para comer bem, é preciso conhecer o que se está comendo, além das promessas estampadas nos rótulos.
Segundo estudo realizado pelo Instituto Latin Panel, 35% da população brasileira consome algum produto diet ou light.
Além deles, a lista integra outros tipos de alimentos saudáveis, como os integrais, orgânicos, de soja e os chamados alimentos com alegação de propriedade funcional, ou simplesmente alimentos funcionais.
São tantas opções que o consumidor mais desavisado pode ficar confuso e deixar de aproveitar os benefícios de cada uma.
A nutricionista Michelle Galindo, professora da Universidade Federal de Pernambuco, explica a diferença entre diet e light: o primeiro é aquele que é totalmente isento de algum nutriente, como açúcar, colesterol ou sal, enquanto o produto light tem teor reduzido - em, no mínimo, 25% - de algum componente em relação ao produto convencional, como é o caso do sal light, que apresenta menos sódio do que o sal comum.
Como muitos alimentos diet ou light já têm sabor aproximado às versões comuns, tem gente que baseia sua dieta inteira nesses produtos. Porém a nutricionista lembra que é importante ter cuidado: Eles não são recomendados para crianças ou gestantes porque costumam conter substâncias como o edulcorante, um adoçante artificial que pode ser prejudicial nesses casos.
Para a população em geral, a recomendação é de que não sejam consumidos em excesso, afirma Michelle.
Ela observa que, em algumas situações, é melhor comprar um produto normal e comer uma porção menor do que adquirir a versão light ou diet e exagerar na quantidade: Quando compramos um produto light, ele pode nos induzir a pensar que podemos comer mais, então acabamos ingerindo a mesma quantidade de calorias, e muitas vezes ainda pagamos mais caro, diz, ressaltando que é necessário ter consciência do nosso objetivo e da melhor forma de uso daquele alimento.
Entre todos esses tipos de alimentos considerados mais saudáveis não existe um melhor; cada um tem uma função.
O importante é saber para que serve cada coisa e consumi-la de acordo com isso, pontua.
Michelle lembra ainda que os alimentos funcionais (aqueles que, além das funções nutricionais básicas, possuem componentes benéficos capazes de reduzir o risco de doenças, como hipertensão e diabetes) podem ser muito bons, mas não funcionam sozinhos.
Nenhum alimento é tão ruim que não possa ser consumido nem tão bom que devamos consumir apenas ele.
Por exemplo, não é porque um iogurte melhora o funcionamento intestinal que você deve deixar de ter outros hábitos que contribuem para isso.
O produto atua em conjunto com todo um estilo de vida, ressalta a nutricionista.