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Sidrolandia

Campo Grande e nove municípios registram chuva acima do esperado para o mês

Campo Grande e Amambai vêm na sequência, ambos com 67% acima da média. Na Capital já choveu 206,5 milímetros e o esperado era de 128,6.

Midiamax

26 de Novembro de 2015 - 15:49

Amambai, Campo Grande, Dourados, Itaquiraí, Ivinhema, Juti, Ponta Porã, Porto Murtinho, Rio Brilhante e Sete Quedas já registraram chuva acima do esperado para o mês de novembro. A informação foi divulgada pela Cemtec-MS (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), com dados de até a manhã de quinta-feira (26).

Itaquiraí lidera: o esperado para o mês era que chovessem 158,4 milímetros. Já choveu 348,6 milímetros, 120% acima da média. Depois vem Sete Quedas, onde já choveu 367,2 milímetros, 98% acima do esperado, que era de 185,4 milímetros. Dourados completa o pódio, com 69% acima da média. Esperava-se 172,7 milímetros, mas já choveu 292,6 milímetros.

Campo Grande e Amambai vêm na sequência, ambos com 67% acima da média. Na Capital já choveu 206,5 milímetros e o esperado era de 128,6. Em Amambai já choveu 312,6 milímetros, com esperado de 186,8 milímetros. Juti também chama a atenção, com 48%: esperava-se 174 milímetros e já choveu 258,8.

Completam a lista Rio Brilhante, 21% acima (193,8/159,6), Ponta Porã com 16% acima (249/213,7), Ivinhema com 13% (151,2/133,8) e Porto Murtinho com 9% (180/165).

Estragos

A sequência de temporais que atinge principalmente a região sul do estado tem causado estragos. Em Tacuru, a chuva forte continua caindo e há o risco de deslizamento da MS-260.

Em Coronel Sapucaia, o abastecimento de água foi interrompido, após duas bombas serem danificadas. Na zona rural do município, as estradas estão intransitáveis e os alunos não conseguem chegar as escolas. A Defesa Civil divulgou que 15 cidades já foram atingidas e que havendo necessidade, o Governo irá decretar situação de emergência nas cidades afetadas.

Conforme o Paulo Pedro Rodrigues, prefeito de Tacuru, cidade a 416 quilômetros de Campo Grande, a situação ainda é preocupante. "Além dos estragos da chuva, ainda há o problema social, das pessoa que conseguem trabalhar, os chamados diaristas, que fazem a prestação de serviço em diversas atividades do campo e da cidade". Há pelo menos dez pontes encobertas pela água no município e a MS-160 continua interditada por conta de uma grande erosão. De acordo com o prefeito, 25 famílias ribeirinhas estão sendo observadas por conta do risco de desmoronamento. "Defesa Civil está alerta e a Defesa Civil do estado também mandou equipes para acompanhar a situação", diz o prefeito.

Em Coronel Sapucaia, a 380 quilômetros da Capital, os moradores ficaram sem água, internet e sem luz. De acordo com a assessoria de imprensa do município, o abastecimento de luz foi reestabelecido, mas a água continua sem chagar às casas dos moradores. Com a tempestade, duas bombas da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) ficaram danificadas. Uma foi arrastada na enxurrada e outra, soterrada. Equipes da empresa trabalham nesta quinta para fazer o reparo. Ainda chove na cidade. 

De acordo com a Defesa Civil, por enquanto, 15 cidades (Tacuru, Juti, Amambai, Coronel Sapucaia, Sete Quedas, Paranhos, Jateí, Iguatemi, Naviraí, Ivihema, Caarapó, Fátima do Sul, Mundo Novo, Dourados e Eldorado) foram atingidas, mas se a chuva continuar, outras áreas, como a região sudeste do Estado, poderão sofrer com a chuva.

Havendo necessidade, o Governo irá decretar situação de emergência nas cidades afetadas. Com essa determinação, os municípios, por intermédio do Governo, poderão solicitar do Governo Federal recursos para reconstruir os pontos atingidos.