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Sidrolandia

Cana gera 30 mil empregos em Mato Grosso do Sul

Hoje o Estado é o 5º no Brasil em produção sucroenergética. A média salarial, que antes era de R$ 1,3 mil, passou para uma média de R$ 2,46 mil

Dourados Agora

30 de Setembro de 2010 - 08:14

Cana gera 30 mil empregos em Mato Grosso do Sul
Cana gera 30 mil empregos em Mato Grosso do Sul - Divulga

A expansão do setor sucroenergético já emprega 30 mil trabalhadores em Mato Grosso do Sul. São 3 mil novos cursos profissionalizantes que qualificam em todas as áreas. Durante inauguração da Cosan, usina sucroenergética de Caarapó, semana passada, o presidente da Associação dos Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Roberto Hollanda Filho, falou sobre a importância da implantação de novos empreendimentos. Hoje o Estado é o 5º no Brasil em produção sucroenergética.

A Cosan, segundo ele, chega para reforçar a meta de que nos próximos 4 anos, MS chegue ao segundo lugar no cenário nacional. Conforme Roberto, a industrialização vem transformando a economia das cidades que possuem usinas e a vida do trabalhador. A média salarial, que antes era de R$ 1,3 mil, passou para uma média de R$ 2,46 mil. Nas usinas, o salário mais alto é do diretor. Os técnicos embolsam R$ 4 mil. Na fábrica, chefes de setor podem receber R$ 2,5 mil, em média, e operadores técnicos, R$ 850.

Toda a atração de usinas está relacionada, segundo o presidente, ao clima de MS e os incentivos fiscais. Hoje o Estado já conta com 22 indústrias de açúcar e etanol, sendo mais seis em fase de implantação nos próximos meses. Todas juntas somam em média a produção de 1,9 milhões de toneladas de etanol, 1,3 milhões de toneladas de açúcar e 300 megawatts. A área plantada de cana chega hoje a 430 mil hectares. A eletricidade excedente, que chega a 40%, será comercializada. De MS para todo o Brasil, a produção poderá representar a longo prazo uma economia a mais no bolso do consumidor final.

Para ele, o desafio para os próximos anos é mecanizar em 100% a colheita da cana, já que a legislação estadual obriga esta ação até 2016. Hoje, MS já faz 70% da colheita através das máquinas, eliminando assim as queimadas de forma progressiva. “As dificuldades estão em encontrar maquinário em grande escala disponível no Brasil. O investimento é alto e sem quantidades suficientes para abastecer toda a demanda”, conta.

INVESTIMENTOS

Para o secretário douradense de indústria e comércio, Maurício Peralta, o investimento do Grupo Cosan na região é fator que alavança a economia de Dourados. Isto porque, segundo ele, movimenta todo o comércio e oferta de serviços que Dourados proporciona.

“Dourados oferece mão-de-obra qualificada, cursos profissionalizantes, peças, e uma infinidade de assistências para usinas. A cidade já se destaca como uma das maiores prestadoras de serviços para indústrias da região. Isto gera emprego e renda”, disse.