Sidrolandia
Capital do "Bezerro de Qualidade" em MS sedia Circuito Pecuário
De acordo com dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, Camapuã possuía em 2014 o sexto maior rebanho bovino do estado
G1/MS
29 de Outubro de 2015 - 10:53
Com o status de capital sul-mato-grossense do Bezerro de Qualidade, conferido por lei estadual e assegurado graças aos investimentos dos criadores do município e região em tecnologia na produção dos animais, a cidade de Camapuã, a 135 quilômetros de Campo Grande, recebe no dia 6 de novembro a primeira edição do Circuito Pecuário, da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).
De acordo com dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Camapuã possuía em 2014 o sexto maior rebanho bovino de Mato Grosso do Sul, com 579.699 cabeças, o que representava na época 2,75% do total do estado, que era de 21.003.830 animais.
O evento será promovido na sede da Associação dos Criadores de Camapuã (Acricam) e terá como tema Criando oportunidades, construindo soluções. De acordo com a Famasul, será o primeiro de uma série que será promovida a partir de 2016 nos polos da atividade pecuária em Mato Grosso do Sul.
"O circuito vai percorrer os principais municípios produtores no ano que vem. O pontapé inicial é Camapuã pela sua representatividade produtiva. É ao mesmo tempo um reconhecimento e um estímulo para elevar os índices produtivos, afirma o presidente da Famasul, Mauricio Saito.
Um dos pioneiros na criação de bezerro de qualidade no Estado, o produtor Rubens Catenacci, da fazenda 3R, que fica no município de Figueirão, que é vizinho a Camapuã, também credita os resultados ao empenho dos produtores em investir em genética, manejo e nutrição.
"Em 2000, o bezerro pesava em média 200 a 202 quilos. Hoje conseguimos comercializar com 380 quilos, quase o dobro de diferença", comenta. Catenacci afirma que o bezerro do Mato Grosso do Sul é atualmente um dos mais valorizados do do Brasil. "A base é R$ 1.700 a cabeça, mas em alguns leilões conseguimos negociar a R$ 2.100 a unidade. Para o pecuarista avançar ainda mais é preciso que ele seja remunerado, incentivado a produzir com qualidade e, consequentemente, investir cada vez mais em genética".