Sidrolandia
Capital: Fiscalização fecha laboratório clandestino de prótese
Como o protético atua como prestador de serviço e não vende diretamente à população, não teve os materiais apreendidos
Campo Grande News
13 de Setembro de 2010 - 15:50
O CRO (Conselho Regional de Odontologia) fechou nesta tarde um laboratório de clandestino de prótese dentária que funcionava nos fundos de uma residência no bairro Marcos Roberto, em Campo Grande.
O local foi descoberto por meio de denúncia anônima feita ao Conselho na última sexta-feira (10) e o responsável identificado como Valdecir Gomes Herculano, de 40 anos.
Quando a fiscalização chegou à casa, na rua Japão, Herculano trabalhava sem camisa e de chinelos e havia próteses secando ao sol sobre uma betoneira no quintal.
Elas eram feitas em local sujo, sem ventilação e mal iluminado. Policiais do 10ª Batalhão da Polícia Militar e a Vigilância Sanitária deram apoio à ação do Conselho.
O dono do local contou que trabalha ali há dois meses e providencia transferência para o bairro Vilas Boas, por estar ciente de que a casa onde está é inadequada.
O laboratório do Valdecir era irregular e clandestino e ele fazia as próteses e mandava para um consultório fazer desinfecção e passar aos pacientes, explica Jefferson Teruya, fiscal farmacêutico da Vigilância Sanitária.
Como o protético atua como prestador de serviço e não vende diretamente à população, não teve os materiais apreendidos.
Antes da fiscalização, o Conselho verificou que ele possui registro para fabricar as próteses, contudo não pôde fazer isso de maneira clandestina. Desta forma, o CRO deu prazo de quinze dias para que ele regularize seu laboratório, mudando para local mais adequado e obtendo alvará da Vigilância Sanitária.
Após esse período será feita avaliação e se as condições de trabalho de Herculano continuarem irregulares, ele poderá ter o registro cassado.
2° caso - Esse é o segundo laboratório clandestino fechado pelo CRO neste ano. Em março fiscais descobriram um laboratório irregular nos fundos de uma conveniência na avenida Guaicurus.
O proprietário do local, Odair da Silva Ortega, não possuía registro junto ao Conselho e era reincidente no exercício ilegal da odontologia.
Com base nisso, o CRO alerta a população para ficar atenta ao fato de que o protético não pode prestar serviço direto à população. Se isso ocorrer, é exercício ilegal da profissão.