Capital: Garota morta por causa de celular foi escolhida ao acaso

Estão presos os dois acusados da morte da adolescente Aline Pereira Quiantareto, 16, ocorrida na noite de 6 de setembro, na rua Teodomiro Serra, próximo à Igreja São Vicente de Paulo, no bairro Popular Velha, em Campo Grande.

Aline foi morta com um tiro no peito após entregar o telefone celular aos ladrões. A dupla confessou o crime e vai responder por latrocínio.

“A vítima foi escolhida a esmo. Eles passaram algumas vezes pela rua e viram a Aline falando ao celular.

Ela ia fazer um lanche quando os dois a abordaram”, disse o delegado Enilton Zalla em entrevista coletiva.

Conforme apurado pelo Diarionline, as investigações duraram oito dias e os policiais civis chegaram aos acusados na manhã de terça, após fecharem o círculo de provas contra W E P, 18, e um adolescente de 16 anos. Eles moram no bairro Universitário.

Zalla informou que W foi o autor do disparo. O revólver de cano longo e calibre 22 – conhecido como T – era do adolescente infrator.

A arma teria sido roubada de um peão de fazenda. Wesley teria dito à polícia que o disparo foi acidental. Ele não conhecia a garota.

Ainda segundo o delegado, W e o adolescente venderam o celular de Aline – modelo Touchscreen – por R$ 100. Com o dinheiro, no mesmo dia, compraram uma caixa de pasta base de cocaína.

No local onde foi vendido o telefone de Aline, a Polícia Civil apreendeu 11 celulares, uma máquina digital, um aparelho de som automotivo, carteira, documentos de identidade e dinheiro. A dona do imóvel vai ser investigada.

W E S P tem passagens policiais, quando adolescente, por envolvimento com drogas.

Ele vai responder por latrocínio, que tem pena de 24 anos até 30 anos de prisão, e será encaminhado para o presídio masculino.

O outro acusado, por sem menor, responderá por ato infracional de latrocínio consumado e pode permanecer por um período máximo de internação de três anos. Ele vai ser levado para a Unei (Unidade Educacional de Internação).