Sidrolandia
Chapadão do Sul lança Plano Diretor na terça-feira
O secretário de Estado de Habitação e das Cidades, Carlos Marun, ministrará palestra sobre Política Urbana e Regional.
Noticias MS
22 de Janeiro de 2011 - 08:41
Na próxima terça-feira (25) será lançado o Plano Diretor de Chapadão do Sul. O evento acontecerá na Câmara Municipal a partir das 8 horas. O secretário de Estado de Habitação e das Cidades, Carlos Marun, ministrará palestra sobre Política Urbana e Regional.
Como se é sabido, o planejamento urbano é o processo de ordenamento das cidades por meio de diretrizes da política urbanística, que orienta o desenvolvimento das políticas setoriais municipais de habitação, de saneamento, de trânsito, transporte e mobilidade e territoriais urbanas que buscam melhorar e revitalizar as cidades, com o objetivo de propiciar aos habitantes melhor qualidade de vida.
A parceria do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Habitação e das Cidades, com o Sebrae/MS colocou em prática o Programa MS Cidadão - 100% Cidades Desenvolvimento Urbano e Regional. As finalidades são contribuir para fomento do desenvolvimento dos municípios e da região com a criação de mecanismos de planejamento que estabeleçam estratégias e parâmetros de urbanização que viabilizem e ordenem as atividades econômicas geradoras de emprego e renda e o fortalecimento do controle social, de forma a ampliar os resultados decorrentes de sua implantação.
A reforma urbana acolhida pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 182 dispõe que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, têm como objetivo ordenar o desenvolvimento pleno das funções sociais da cidade e garantir o bemestar de seus habitantes, conforme o Estatuto da Cidade, que estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em seus artigos 182 e 183 e estabelecem parâmetros e diretrizes da Política Urbana Nacional, e nos termos do artigo 41.
O plano diretor é obrigatório para as cidades: com mais de 20 mil habitantes; integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; onde o poder público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4º do art. 182 da Constituição Federal; integrantes de áreas de especial interesse turístico; inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. Também determina o prazo para criação dos planos diretores nos municípios com população acima de 20 mil habitantes.
Em Mato Grosso do Sul o plano diretor é obrigatório para todos os municípios, conforme artigo 213 e 214 da Constituição Estadual, capítulo VII, que trata da Política do Meio Urbano, artigo 213: A política urbana, a ser formulada em conjunto pelo Estado e pelos municípios, e executada por estes, estabelecerá as diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano e assegurarão o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar de seus habitantes.
De acordo com dados apresentados pela Superintendência das Cidades (órgão integrante da Sehac), dos 78 municípios que compõem o Estado, 29 já possuem o plano diretor elaborado: Amambai; Camapuã; Dourados; Nova Andradina; São Gabriel do Oeste; Aquidauana; Caarapó; Costa Rica; Naviraí; Sidrolândia; Anastácio; Campo Grande; Jardim; Paranaíba; Sonora; Bela Vista; Cassilândia; Ivinhema; Ponta Porã; Terenos; Bodoquena; Corumbá; Maracaju; Rio Brilhante; Três Lagoas; Bonito; Coxim; Miranda e Rio Verde.
Na primeira etapa do Programa MS Cidadão - 100% Cidades Desenvolvimento Urbano e Regional foram selecionados 13 municípios que estão recebendo apoio na elaboração dos planos diretores: Aparecida do Taboado (Bolsão); Aral Moreira (Sul Fronteira); Bataguassu (Leste); Batayporã (Leste); Chapadão do Sul (Norte); Eldorados, Iguatemi, Itaquiraí e Mundo Novo (todos estes do Cone Sul); Nioaque (Sudoeste); Ribas do Rio Pardo e Rochedo (Região Central) e Vicentina (Grande Dourados).
O secretário Carlos Marun esclareceu que por meio da Superintendência das Cidades, estão previstas as seguintes ações: apoio à elaboração de planos diretores participativos, criação dos Conselhos das Cidades e divulgação da Lei Geral com vistas a proporcionar o planejamento do desenvolvimento sustentável local e a gestão democrática da cidade.
Vamos trabalhar juntos Estado, município e sociedade para que possamos mudar a qualidade de vida dos cidadãos e isso só é possível quando o poder público se une à experiência acumulada da sociedade civil organizada e participam juntos da elaboração e execução dos programas e das políticas públicas. Nosso grande desafio será conciliar desenvolvimento com qualidade de vida, finalizou Marun.