Sidrolandia
Com composição definida, CPI do Endividamento tentará radiografia das finanças da Prefeitura
Ao contrário dos seus pares, David Olindo parece muito seguro do foco e dos objetivos da CPI que vai presidir.
Flávio Paes/Região News
10 de Outubro de 2013 - 08:23
A Comissão Parlamentar de Inquérito aprovada por unanimidade pela Câmara de Sidrolândia teve sua composição definida com David Moura de Olinda (PROS) na presidência; Edno Ribas (PDT) como relator; Nélio Paim (PR) será o secretário, enquanto os vereadores Mauricio Anache (PROS) e Sérgio Bolzan (PT) serão membros e Vilma Felini (PSDB), Jurandir Cândido (PROS) e Cledinaldo Cotócio (PP) foram indicados suplentes.
A CPI vai abranger os dois mandatos de Enelvo Felini (entre 1997 e 2004) e Daltro Fiúza (2005-2012) e com exceção do propositor e presidente da Comissão, David Olindo, os vereadores não tem claro exatamente o que vai ser investigado. Estamos na expectativa que o Dr. David defina o roteiro dos trabalhos, admite o relator Edno Ribas.
Em linhas gerais os vereadores querem entender as dificuldades financeiras atuais enfrentadas pela Prefeitura, que levaram a demissão de aproximadamente 260 funcionários, o corte de gratificações e a manutenção de vários secretários como interinos para reduzir pela metade os seus salários.
Ao contrário dos seus pares, David Olindo parece muito seguro do foco e dos objetivos da CPI que vai presidir. Segundo ele a Comissão Parlamentar terá acesso a documentos que ajudarão a Câmara e a própria sociedade a entender as dificuldades financeiras enfrentadas pela Prefeitura que o Executivo atribui à queda de receita.
Explicação que os vereadores da oposição contestam. Houve um inchado na máquina administrativa. O número de servidores aumentou de 1.965 em agosto do ano passado, para 2.277 às vésperas da eleição suplementar em março, ou seja, foram contratados 266 funcionários. A folha que era de R$ 3,5 milhões em dezembro, chegou a R$ 4,5 milhões e o servidor não recebeu nenhum aumento no período, comenta o vereador Nélio Paim.
O ex-prefeito Daltro Fiuza diz que as atuais dificuldades financeiras decorrem de problemas de gestão. Quando assumi a Prefeitura em 2005, quando o orçamento era em torno de R$ 30 milhões, recebi uma dívida de curto prazo de R$ 2 milhões. Quando encerrei meu mandato em 2012, com orçamento superior a R$ 100 milhões, deixe uma dívida com fornecedores e funcionários, de aproximadamente R$ 7 milhões, o equivalente a um mês de receita relata.
Parte desta dívida, R$ 1 milhão, é referente à contrapartida de obras como o asfalto do Bairro Sol Nascente (R$ 300 mil), a reforma e construção de postos de saúde. Era situação administrável, assegura. Deixei esta dívida porque tivemos a receita arrecadada, foi R$ 4 milhões menos que a orçada.