Sidrolandia
Com dificuldade para tocar obra, empreiteira deve abandonar construção de UBS no Capão Seco
A empreiteira alega que não consegue tocar todas as obras porque seus orçamentos estão defasados, dificuldade até mesmo a contratação de mão de obra.
Flávio Paes/Região News
20 de Julho de 2013 - 10:10
Fotos: Natalicio Mello/Região News
Com dificuldades
financeiras para tocar as obras na área de saúde que assumiu a construção
depois de vencer as licitações, a Visão Engenharia deve renunciar a construção
da Unidade Básica de Saúde do Capão Seco que teve sua ordem assinada em 10 de
dezembro de 2011 e que deveria ter sido inaugurada um ano depois, em dezembro
do ano passado. A obra esta parada há mais
de seis meses porque do valor em que foi orçada, R$ 432.272,16, a empreiteira
só conseguiu receber R$ 202 mil, sendo R$ 93,8 mil do Fundo Nacional de Saúde e
R$ 108,7 mil da Prefeitura. Quando esta decisão for
oficializada, a Prefeitura terá de abrir um novo processo licitatório para
concluir o serviço. O prédio está com mais de 50% das obras prontas. Falta
agora exatamente a parte mais cara, que o acabamento. Da parcela de recursos
federais (R$ 220 mil), o Fundo Nacional já liberou R$ 150 mil enquanto a
contrapartida municipal de R$ 231.272,16. A empreiteira só conseguiu receber R$
202.675,889, sendo R$ 93.899,74 do Ministério e R$ 108.776,15, do município. O prédio de 283 metros
quadrados de área construída, estando previstos dois consultórios médicos; dois
odontológicos; sala de triagem; farmácia; sala de multiuso; sala para
esterilização; sala de procedimentos; recepção, administração; sala de
inalação; de espera; de imunização, além de cantina e banheiro. Enquanto esta Unidade
Básica não fica pronta, a região que concentra em torno de 2,5 mil famílias de
assentados recebe atendimento medico no ônibus em que a Prefeitura adaptou
consultórios itinerantes com os recursos economizados da Câmara Municipal, na época
que o Legislativo era presidido pela vereadora Rosangela Rodrigues do
Santos. Sem manutenção há mais de
um ano, o ônibus não tem como circular pelas estradas precárias da região e com
isto fica estacionada no Capão Seco onde oferece atendimento de segunda a
sexta-feira no local. Depois de três anos de uso, o ônibus esta com a lataria
danifica, o toldo que servia de cobertura para os usuários se protegerem do sol
enquanto aguardam atendimento, foi arrancado. O conjunto de obras que a
Visão Engenharia assumiu na gestão do ex-prefeito Daltro Fiuza, soma R$
1.150.185,13, incluindo além da UBS do Capão Seco, a UBS Diva Nantes, a reforma
e ampliação das unidades básicas do Cascatinha, Cleide Piran e Capão Bonito,
além do Conselho de Referência. Especializado em Assistência Social
(CREAS). Como a empresa está com
dificuldades para tocar todas as obras só está executando a reforma do
Cascatinha II que está quase pronta e o
posto será reaberto nos próximos 10 dias. Depois desta obra, a empreiteira vai
retomar a reforma do Cleide Piran. A empreiteira alega que
não consegue tocar todas as obras porque seus orçamentos estão defasados, o que dificulta até mesmo a contratação de mão de obra. Além do que a empresa
precisa estar capitalizada para bancar as obras, já que só consegue receber
depois do serviço pronto, medido e atestado pela Prefeitura, com aval da Caixa
Econômica. O dinheiro está no caixa
da Prefeitura, mas como não há novas medições, o pagamento não é feito. É o
caso por exemplo do UBS Diva Nantes, de R$ 200 mil, o Fundo Nacional de Saúde
já liberou R$ 150 mil, mas até agora só houve medição de R$ 8.871,28.