Sidrolandia
Compras com cartões vão crescer quase três vezes até 2015 no Brasil
R7
23 de Setembro de 2010 - 17:03
As transações com cartões deverão mais que dobrar em cinco anos e saltar de R$ 534 bilhões em 2010 para R$ 1,3 trilhão em 2015, segundo estimativas da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) divulgadas nesta quarta-feira (22).
Pelo menos 25% do que as famílias brasileiras consomem são pagos com algum tipo de cartão.
As projeções apontam ainda que o número total de cartões de crédito, de débito ou os próprios das redes e lojas - vai chegar a 628 milhões em 2010, quase quatro por brasileiro, levando em conta os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que estimam a população brasileira em 193,7 milhões. Em 2015, serão 909 milhões de unidades.
A quantidade de transações também vai dobrar no período e passará de 7,1 bilhões para 15 bilhões.
Os negócios com o cartão de crédito são maioria atualmente e deverão encerrar o ano em 2,9 milhões. Já as compras com débito serão 2,8 milhões, e as com cartões próprios das lojas vão chegar a 1,3 milhão.
Quem tem cartão
De acordo com levantamento feito pelo Datafolha com cerca de 2.000 pessoas a pedido da Abecs, 71% dos brasileiros têm algum tipo de meio de pagamento eletrônico. A pesquisa mostrou ainda que 91% das pessoas com curso superior e 83% dos brasileiros que se encaixam nas classes A ou B têm algum cartão.
Brasília é a cidade brasileira com maior proporção de cartões 79% da população têm algum meio de pagamento eletrônico. Quando se considera a idade, os brasileiros que tem de 25 e 34 anos encabeçam a lista, com 78% do total.
Que não tem
Por outro lado, apenas cinco em cada dez pessoas com ensino fundamental tem algum cartão, segundo a Abecs. O mesmo acontece com 41% dos brasileiros das classes D ou E e com 63% da população com mais de 60 anos. As cidades que menos têm cartões são Belém, com 55%, e Goiânia, com 53%.
O que se compra com cartão
Segundo o estudo da Abecs, o brasileiro usa o cartão para comprar roupas, calçados e joias, bens de uso doméstico, passagens aéreas e terrestres, pagamento de hotéis e pousadas e materiais para construção.
Por outro lado, a compra de jornais, revistas e livros encabeçam a lista de objetos ou serviços que não envolvem cartões nas compras ou contratações.
Na segunda posição estão os gastos com educação, seguidos por compra de veículos, cinema, teatro e shows e serviços médicos (por causa dos convênios médicos)