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Sidrolandia

Criada há 15 meses, com 300 casas construídas, agrovila do Capão espera por redes de água e energia

Pelos cálculos de Claudio, atualmente já há 300 casas construídas (em torno de 30 estão habitadas ou com pontos comerciais) e outras 137 em construção.

Flávio Paes/Região News

13 de Novembro de 2016 - 23:29

Em mais uma assembleia geral, realizada no último sábado à tarde, os moradores da Agrovila Cidade Viva, no Capão Seco, mostraram insatisfação com a demora na extensão das redes de água e energia elétrica, que está retardando o processo de ocupação do núcleo, dividido em 520 lotes de 360 metros quadrados. “Passou a eleição e estamos nos sentindo abandonados”, reclama o presidente da Associação, Claudio Moreira. Ele também se mostra insatisfeito com a Prefeitura, que antes do pleito iniciou a abertura das ruas e após 2 de outubro, interrompeu o serviço, deixando entulhos e galhos amontoados no meio da pista.

Pelos cálculos de Claudio, atualmente já há 300 casas construídas (em torno de 30 estão habitadas ou com pontos comerciais) e outras 137 em construção. “As famílias estão esperando apenas a chegada da água e da luz para se mudarem. Um empresário quer instalar um posto de combustível. Já estão em funcionamento, por exemplo, uma borracharia, lanchonetes, um depósito de material de construção. Todo mundo é obrigado a recorrer a uma gambiarra para ter energia”, lembra.

A própria Energisa (distribuidora de energia elétrica) mostrou interesse em instalar a rede de energia (com recursos do programa luz para todos). Entretanto está impedida, conforme documento encaminhado em agosto à Câmara, porque a cessão de uso da área emitida pelo Incra em favor da Prefeitura, só autoriza a ocupação da área como núcleo social (destinado a construção de escolas, postos de saúde), vetando a construção de moradia “Temos que transformar a área em núcleo urbano. Só assim, teremos luz e a água”, comenta. Estes dois itens são indispensáveis à retomada da feira semanal para venda da produção dos assentados. Já estão prontos 60 boxes para abrigar os feirantes.   

Já há uma emenda parlamentar no valor de R$ 112.300,00 para a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) perfurar um poço artesiano. Outra preocupação é que boa parte das 12 institucionais, situadas ao redor do posto de saúde, perto da futura rotatória da MS-258, estão ocupadas irregularmente por 60 famílias estavam acampadas.

Em julho do ano passado as famílias se organizaram para ocupar a área (destinada aos assentados do Eldorado) diante da chegada de acampados (orientados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais) que pretendiam dividir os 49 hectares em chácaras de um hectare. Há 8 anos, em 2008, o então prefeito Daltro Fiuza fez um projeto loteando a área, para transformar a gleba numa agrovila, mas a ideia não saiu do papel por sete anos.