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Sidrolandia

Curtume despreza interdição e continua poluindo o Córrego Imbirussu

Não é preciso ser especialista para ver que o rio está poluído. No local, a água é cinza, grossa, com espumas e exala forte odor.

Correio do Estado

06 de Novembro de 2015 - 08:29

Além de desafiar interdição imposta pelo Ministério do Trabalho e Emprego, depois que dois funcionários morreram em acidente no local, os curtumes Qually Peles e Soberana Peles continuam poluindo o Córrego Imbirussu, principal curso d’água que passa pela indústria, no Bairro Indubrasil. 

Bastou uma caminhada nas imediações do curtume (Soberana e Qually Peles funcionam no mesmo local) para constatar os danos ao meio ambiente. Além do mau cheiro recorrente no local há décadas, os resíduos químicos do processo de tratamento de peles são visíveis no leito do córrego. 

Não é preciso ser especialista para ver que o rio está poluído. No local, a água é cinza, grossa, com espumas e exala forte odor.

Empresário que atua no distrito industrial e que preferiu manter a identidade em sigilo, moradores da região e comerciantes têm medo das supostas “providências” que pessoas ligadas ao curtume ameaçam tomar caso moradores da região concedam entrevistas sobre o assunto. “Quem trabalha lá conta que os reponsáveis pelo curtume têm certeza de que sairão impunes”, afirma. “Como foi em outras circunstâncias (o local chegou a ficar fechado em 2013, e há mais de uma década enfrenta problemas de licenciamento ambiental), completa.