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Sidrolandia

Defensoria vai à Justiça para exigir da Prefeitura que retire cascalho de ruas do Diva Nantes

A decisão de recorrer à via judicial para cobrar providências foi tomada, conforme a defensora, porque a administração ignorou o pedido de providências.

Flávio Paes/Região News

18 de Dezembro de 2016 - 23:25

A defensora pública Thaisa Raquel Defante ingressou na Justiça com pedido de liminar, para que a Prefeitura remova em 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, as pedras que usou no cascalho de diversas ruas do Residencial Diva Nantes e empregue outro material.

Desde agosto quando o serviço foi feito, as vias ficaram intransitáveis para cadeirantes e ciclistas, carrinhos de bebê, além de provocar danos em veículos e motocicletas, sem contar os tombos de pedestres ao tropeçarem nas pedras. Os trechos mais críticos são as ruas Wilson José Martins, Ayres Arce e Izidoro Jamar. Segundo a Prefeitura, o risco de provocar rachaduras nas casas impediu que fosse feito um melhor acabamento com o uso de rolo de compactação. 

A decisão de recorrer à via judicial para cobrar providências foi tomada, conforme a defensora, foi tomada porque a administração ignorou o pedido de providências formalizado via ofício. Ela se sensibilizou para interceder em favor dos moradores, sobretudo, diante da situação enfrentada pela dona de casa Suely Rodrigues de Melo, mãe de um adolescente de 16 anos, Jackson Victor de Melo. Ele pesa 30 quilos, é cadeirante, com paralisia cerebral e retardamento mental, precisa se deslocar diariamente até a APAE onde é atendido por uma equipe multiprofissional. Fica impedida também de ir à igreja, visitar parentes ou se deslocar até o posto de saúde do bairro.

Desde agosto, quando foi feito o cascalhamento do bairro, incluindo a Rua Wilson José Martins, onde o adolescente mora, dona Suely tem que levá-lo no colo num trajeto de 400 metros até a Rua Izidoro Jamar e daí chegar até Rua Generoso Ponce, onde fica o ponto do ônibus da Apae.    

Quem também reclama das pedras usadas no cascalhamento é dona Antônia Fermina do Nascimento, há 7 anos no Diva Nantes. Com este cascalho é impossível andar de bicicleta, a solução é empurrá-la até o asfalto. Outra moradora, Neura Aparecida Cavalcante, 59 anos, já torceu o pé ao bater numa pedra e ficou três dias sem trabalhar para se livrar das dores. O senhor Rogério diz que teve de trocar o amortecedor porque a peça não resistiu aos buracos.

Até o ano passado a Prefeitura usava outro tipo de revestimento primário para conservar rua, a pedra canga. Acabou tendo de colocar cascalho mais pesado porque o Diva Nantes recebe parte da enxurrada que desce das partes altas da cidade e com isto, as vias ficavam intransitáveis após chuvas mais fortes. A solução dependeria de um sistema de drenagem para desviar do residencial estas águas.