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Sidrolandia

Defesa Civil faz monitoramento diário dos principais rios em MS

Técnicos da Defesa Civil explicam que esse é o ciclo normal das águas, até que por volta dos meses de junho e julho, essa região sinta os efeitos do volume maior

Noticias MS

24 de Janeiro de 2011 - 16:10

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec/MS) faz um acompanhamento permanente dos níveis dos principais rios das bacias hidrográficas de Mato Grosso do Sul. Em períodos como o atual, de constantes chuvas, esse monitoramento é diário. O mapa do comportamento dos cursos d’água é organizado com base em dados de sistemas on line e contato direto com órgãos como o Centro Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e Marinha do Brasil; de empresas como a Companhia Hidrelétrica de São Paulo (Cesp); e na checagem in loco de réguas de medição feita pelas coordenadorias municipais de defesa civil – ou unidades do Corpo de Bombeiros, onde não há  coordenadoria.

Uma das fontes de informação sobre o comportamento do rio Paraguai é o boletim semanal de Previsão de Níveis do Pantanal, elaborado pelo CPRM. A previsão hidrológica e o alerta de enchentes no Pantanal são realizados pelo Centro com o objetivo de subsidiar ações de defesa civil e de proteção ambiental, o manejo pastoril e a navegação interior, minimizando danos materiais à população e às atividades econômicas da região. Para obtenção dos níveis d’água o CPRM utiliza observadores de 22 estações fluviométricas, contatos por telefone, fax ou rádio; faz a análise gráfica e compara os níveis observados ao histórico de registros.

Acessando o sistema do CPRM, a Cedec obtém as informações desde a região de Cáceres (MT) até os pontos em que o rio atravessa o território sul-mato-grossense. Os números dos últimos boletins mostram que na cabeceira, no Estado vizinho, os índices de elevação já são grandes. Na planície pantaneira de Mato Grosso do Sul, no entanto, a subida é muito gradual. Técnicos da Defesa Civil explicam que esse é o ciclo normal das águas, até que por volta dos meses de junho e julho, essa região sinta os efeitos do volume maior.

No rio Paraná, as informações levantadas permanentemente pela Cesp – proprietária de usinas hidrelétricas na região – servem de consulta para a Cedec montar o mapa dos níveis do rio. Em contato telefônico diário com a companhia, a coordenadoria colhe os dados necessários, que são complementados com a checagem das réguas de medição. Para acompanhamento da situação no Cone Sul do Estado, por exemplo, equipe da coordenadoria municipal de Defesa Civil de Eldorado faz a conferência na régua de Porto Morumbi, a 48 km de deslocamento.

Miranda e Aquidauana

Embora venham registrando altas, os níveis dos rios Miranda e Aquidauana não se encontram em condição de alerta. O monitoramento diário dos dois rios mostra elevação, mas os índices não são considerados excepcionais para o histórico.

Na medição desta segunda-feira (24), o Aquidauana está com 6,14m (o normal da calha é de 3,50m). O Miranda está mais elevado e registra maior diferença entre o nível atual e o da calha: 6,45m, sendo a calha de 2,50m. De acordo com a Cedec, também não há ainda condição de alerta no Taquari.