Sidrolandia
Depois de gafe de Dilma no Jornal Nacional, PMDB reavalia relação com PT
O episódio foi a gota d´água para o PMDB decidir adotar outra atitude em sua relação com o PT. O descontentamento do partido já vinha do primeiro turno...
Vote Brasil
20 de Outubro de 2010 - 19:14
A candidatura do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) à presidência da Câmara ganhou força depois do deslize de Dilma Rousseff no Jornal Nacional. A ex-ministra irritou o PMDB por deixar o partido sem defesa quando William Bonner lembrou a frase de Ciro Gomes que define a legenda como um ajuntamento de assaltantes.
Os peemedebistas pressionaram o presidente do partido, Michel Temer (PMDB-SP), e ele cobrou diretamente de Dilma, que ontem fez uma espécie de desagravo em entrevista em Goiás. Mas já era tarde.
O episódio foi a gota d´água para o PMDB decidir adotar outra atitude em sua relação com o PT. O descontentamento do partido já vinha do primeiro turno. Para os peemedebistas, o comando do PT mudou completamente a relação com os aliados logo que a vitória em primeiro turno parecia líquida e certa. Ali ficou claro para os peemedebistas como seriam tratados num suposto governo Dilma.
Um dos fatos mais lembrados é o desprezo à disposição do ex-deputado Moreira Franco em colaborar com a campanha. Apesar de nomeado um dos coordenadores, Moreira nunca foi chamado para uma reunião de estratégia, apenas discutiu programa de governo.
O segundo turno provocou, porém, outra mudança. Na visão dos peemedebistas, o PMDB voltou a ser parceiro. No entanto, agora com total ceticismo.
Com a atitude de Dilma no JN, o PMDB decidiu colocar o bode na sala. Pretende atuar, por intermédio de sua bancada, para disputar posições com o PT. O primeiro round já começou e é justamente pelo terceiro cargo na hierarquia da República cuja principal atribuição é a pauta do que será votado na Câmara.