Sidrolandia
Deputados querem desmembrar cobrança do ITCD e aumento de ICMS
O projeto seria avaliado na Casa nesta terça-feira, mas a primeira votação foi adiada por conta de duas emendas
Midiamax
20 de Outubro de 2015 - 13:35
Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul querem que o governo do Estado desmembre o projeto de cobrança de ITCD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) de bens ou imóveis e o aumento do ICMS dos supérfluos.
O projeto seria avaliado na Casa nesta terça-feira (20), mas a primeira votação foi adiada por conta de duas emendas, fazendo com que ele voltasse para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para nova análise.
Uma das emendas, de Zé Teixeira (DEM), altera o ITCD deixando alíquota de 3% para doações e 6% para mortes sobre o valor do imóvel. No projeto original, imóveis de até R$ 30 mil serão isentos do imposto, acima deste valor até R$ 300 mil, terão um acréscimo de 2%; até R$ 600 mil, com aumento de 4%. Já com valores acima de R$ 800 mil, o imposto fica em 8%.
Na emenda de Amarildo Cruz (PT), há alteração do valor de isenção de R$ 30 mil para R$ 100 mil. Pedro Kemp (PT) defendeu que, do jeito que está, o projeto do governo pode não passar por divergências dos deputados.
Uns concordam apenas com o ITDC, outros só com o aumento do ICMS dos supérfluos, então o melhor caminho é desmembrar em dois projetos. Líder do governo, Rinaldo Modesto (PSDB) disse que a ideia do governador Reinaldo Azambuja é que ambos sejam aprovados, mas que terá que conversar sobre a sugestão de divisão.
Em relação ao ICMS, o projeto original sugere mudar de 17% para 20% nos refrigerantes e cosméticos e de 25% para 27% nas bebidas alcoólicas. Kemp afirma que a bancada petista não coloca o refrigerante como supérfluo.
Os pobres tomam refrigerante, por exemplo. Sobre o ITCD, concordamos. Quem ganha mais, paga mais e quem ganha menos, paga menos. Por sua vez, Barbosinha (PSB) garante que nem só os ricos têm imóveis caros. A pessoa pode ter uma casa de alto valor, mas uma renda não compatível, então tem que avaliar.
Para Lídio Lopes (PEN), pessoas com dinheiro é que estão brigando para que o ITCD não aumente. Pessoas com a renda baixa não vão sentir a diferença. Todos os Estados estão passando por dificuldades e todos têm que colaborar.
Eduardo Rocha (PMDB) defende que a criação de imposto é ruim. Mas os Estados e países estão quebrados e adotando essa medida. O Rio Grande do Sul e Paraná já aprovaram. Vou votar como está, a favor, porque senão no fim do ano eu vejo servidor público aqui reclamando da falta de 13º. Não tem saída.