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Sidrolandia

Desfecho feliz pra menino que vivia em abrigo em Sidrolândia

De acordo com a assistente social, o menino foi afastado da mãe como forma do pai atingi-la, devido ao relacionamento amoroso mal sucedido

MS Notícias

04 de Outubro de 2012 - 15:22

Separado da convivência materna, pelo pai, quando ainda pequeno, o menino Wellington, agora com 11 anos, vive o desfecho de uma longa história em que o cenário nem sempre foi o mais feliz. Há 10 dias, mediante autorização judicial, ele foi morar com a mãe no interior de Minas Gerais, tendo a oportunidade de recuperar o laço até então perdido.

Quem conta a história é a assistente social da Comarca de Sidrolândia, Ioara de Moura Paranaíba, que acompanhou parte da vida do menino e revela passagens que ele vivenciou.

De acordo com a assistente social, o menino foi afastado da mãe como forma do pai atingi-la, devido ao relacionamento amoroso mal sucedido. Agressivo e com problemas com álcool, o comportamento do pai da criança amedrontava a mãe que, mesmo distante, nunca deixou de procurar pelo filho.

De forma cruel, para apagar alguma esperança que a criança poderia vir a ter sobre um reencontro, o pai dizia a Wellington que a mãe do garoto havia morrido. A mãe, por sua vez negou a ideia de abandono da criança, mas admitiu temer pela vida de ambos caso tentasse tal reencontro. Ela nem mesmo sabia o paradeiro do filho.

Após a separação, o pai de Wellington se mudou diversas vezes de cidade, vindo a fixar residência em Sidrolândia. Wellington, durante o tempo que viveu com o pai, passou pelo abrigo por mais de uma vez. Durante o convívio com o pai sofreu maus-tratos, abandono e humilhação. O pai chegou a agredir verbalmente pessoas que tentavam ajudar o menino.

Ioara conta que nem mesmo os irmãos, por parte de pai, maiores de idade quiseram saber do menino. “Ele não tem família aqui em Sidrolândia. Este último abrigamento durou um ano”.

O reencontro – A história do menino Wellington teve um final feliz graças à mãe que nunca desistiu de procurá-lo. Ela acionou o conselho tutelar da cidade em que atualmente reside, Itapagibe, em Minas Gerais, na tentativa de localizar o garoto.

Em MS, a história envolveu o judiciário da Comarca de Sidrolândia, a Defensoria e a Promotoria Pública, além do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) do município.

Há 40 dias a mãe estabeleceu contato, mostrando interesse em ter o filho de volta e, há 10 dias, veio até o Estado para buscá-lo.

Agora, diferentemente da vida que estava levando, a criança pode ter o aconchego dos braços da mãe. Um final feliz para a história do menino Wellington, que vivia no único abrigo da cidade com outras 7 crianças.