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Sidrolandia

Dilma quer universalizar tratamento de hipertensão e diabetes

Presidenciável do PT defendeu distribuição gratuita de medicamentos. Segundo a petista, governo federal já custeia 90% do preço dos remédios.

G1

16 de Agosto de 2010 - 16:50

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, defendeu nesta segunda-feira (16) a universalização do tratamento de doenças como a hipertensão e o diabetes, a partir de recursos da União. Depois de se reunir com assessores para discutir o plano de governo no seu escritório político, em Brasília, a petista também voltou a lamentar o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) que teria retirado R$ 40 bilhões da Saúde.

“Quero implantar em definitivo o Sistema Único de Saúde no Brasil”, afirmou Dilma. “Estamos nos propondo a universalizar o tratamento para duas doenças que são, do ponto de vista da população aquelas que mais incidem, que são a hipertensão e diabetes. Hoje você já encontra no SUS, em postos de saúde e nas prefeituras, com parte do dinheiro federal, é claro, esses medicamentos oferecidos a custo zero para a toda a população. Mas muita gente precisa do medicamento e o que faz, vai consegue uma consulta e a partir daí consegue uma receita e compra”, complementou a petista.

A petista afirmou que a União já custeia 90% do valor dos medicamentos para diabéticos e hipertensos: “O que nós estamos pretendendo é universalizar, é transformar, através da rede privada de farmácias, esses remédios em remédios gratuitos universalizados, até porque hoje já custeamos 90%.”

Dilma argumentou que o governo gasta cerca de R$ 400 milhões para custear os medicamentos para tratamento de diabetes e hipertensão, mas não precisou quanto teria de ser investido para complementar os 10% que universalizariam o fornecimento dos remédios. A petista lamentou o fim do imposto do cheque.

“É claro que a CPMF faz falta. A não ser que eu seja completamente sem nenhum realismo alguém pode considerar que perder R$ 40 bilhões não altera a ordem das coisas. Todo mundo sabe que se tem um sistema que é caríssimo é o sistema de saúde. O que for arrecadado a mais nesse país, terá de ir para a saúde. O país só dará um passo decisivo na área da saúde se colocar dinheiro na saúde”, disse Dilma.

‘Nem amarrada’
Ao falar do começo da campanha eleitoral na televisão e no rádio, a partir desta terça-feira (17), a petista evitou responder se a participação do presidente Lula em seus programas poderia garantir o bom desempenho nas pesquisas e até uma vitória no primeiro turno das eleições: “Não falo uma coisa dessas nem amarrada, porque é de uma soberba e de uma pretensão achar que decide a eleição antes do dia 3 de outubro. Não falo nem amarrada isso.”

Sobre o seu bom desempenho nas pesquisas eleitorais, a petista atribuiu a “aceitação” do seu nome entre o eleitorado à popularidade do presidente Lula e à popularidade do governo que, segundo Dilma, ela representa. “Acredito que estamos tendo na campanha uma aceitação muito grande da população brasileira. Um dos fatores está na popularidade do presidente Lula, é certo, mas tem um fator que está na popularidade do governo, e a popularidade do governo é algo que eu represento. Eu represento o governo do presidente Lula”, afirmou a petista.

Dilma também falou que pesquisa “reflete o momento” da campanha e que é preciso evitar “salto alto”: “Eu acho que a pesquisa reflete o momento. Sem sombra de dúvida tem uma tendência no Brasil.”