Sidrolandia
Donos de aviários terão que bancar recuperação de 10 km de estradas vicinais
O prefeito expôs as dificuldades do município e condicionou qualquer intervenção na região se houvesse a contrapartida dos produtores.
Flávio Paes/Região News
05 de Julho de 2015 - 22:42
Os proprietários de aviários da chamada região do 21 terão que bancar os custos (óleo diesel e cascalho) da recuperação dos 10 quilômetros de estradas vicinais utilizados no escoamento da produção. São pequenos produtores integrados à JBS/Seara que na semana passada se reuniram com o prefeito Ari Basso e alguns vereadores para cobrar serviços de patrolamento e cascalhamento das estradas . Esta malha recebe um grande fluxo de caminhões não só os usados no transporte de frango, mas também de milho e soja colhidos em propriedades da região.
O prefeito expôs as dificuldades do município e condicionou qualquer intervenção na região se houvesse a contrapartida dos produtores. Ficou acertado que a Secretaria de Infraestrutura vai ceder máquinas (uma patrola e uma retroescavadeira), enquanto caberá aos donos de aviários custearam o combustível e os sete caminhões de cascalho necessários para recuperar todas as vicinais.
Os avicultores não gostaram muito da proposta, mas tiveram que se render a realidade. Vamos nos reunir e dividir os custos, não é o ideal, mas não há outra solução, comentou resignado o avicultor Maxmino Delaberra, anfitrião do encontro. Ele tem uma propriedade de 8 hectares e se dedicava exclusivamente a criação de frango em parceria com a Seara/JBS.
Dentro do projeto de expansão da empresa, que planeja dobrar o volume atual de abate (170 mil frangos por dia), criando um terceiro turno de produção, o avicultor terá de investir R$ 900 mil (financiados pelo Banco do Brasil). Assim conseguirá ampliar de 35 para 88 mil frangos a sua produção por lote entregue ao frigorífico.
Seus quatros aviários serão ampliados para o invés de alojar 20 mil pintinhos, terão capacidade para 28 mil. Na vizinhança são 28 aviários, 21 com capacidade para 20 mil frangos e 8 para 28 mil. Sua expectativa é que este investimento traga retorno, com redução da mortalidade e aumento do peso do frango. Hoje a empresa paga entre R$ 2,80 e R$ 2,90 por animal produzido.