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Sidrolandia

Drenagem no Cascatinha vai tirar pequena propriedade do isolamento

Dona Senira atribuiu os problemas que durante todo este tempo tem lhe tirado o sono, a implantação de um bueiro num trecho de curva da rodovia.

Flávio Paes/Região News

20 de Dezembro de 2016 - 14:20

O início das obras de drenagem margeando a MS-162, saída para Quebra Coco, para dona Senira Kuntzel Alvarez, 69 anos, é um presente de Natal antecipado. Há 11 anos ela luta na Justiça para o Governo do Estado executar este projeto indispensável ao controle da erosão que condenou sua pequena propriedade de 1,2 hectares, às margens da rodovia, ao isolamento, além de ter ficado praticamente improdutiva.

Ela atribuiu os problemas que durante todo este tempo tem lhe tirado o sono, a implantação de um bueiro num trecho de curva da rodovia. Com isto a enxurrada passa exatamente por dentro da sua propriedade e junto com a água da chuva, desce lixo, galhos de árvores e até animais mortos. “Pensei até em fechar este bueiro. Como ninguém do Governo ou da empreiteira me atendeu, não tive outra solução, a não ser recorrer à Justiça”, relata. O problema se agravou à medida que se consolidou o processo de ocupação dos bairros situados na parte alta da cidade.

A enxurrada, além de abrir crateras, praticamente impede o cultivo de hortas, pequena criação de gado para produção leiteira e provoca alagamentos nas quatro casas construídas na chácara ocupadas por familiares da proprietária. “A cada chuva é a mesma coisa. As casas ficam ilhadas pela enxurrada e quando é mais forte, alaga a varanda, chega na cozinha”, relata Vera Lucia Kuntzel, uma da filhas de dona Sinira. 

Esta obra de drenagem é necessária também para viabilizar a pavimentação do Bairro Cascatinha, porque sem este escoamento, o risco era agravar os problemas de alagamento no outro lado da MS-162.