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Sidrolandia

Em acareação, Siufi fica “muito nervoso” ao falar de lucro de 70%

Em depoimento, o ex-diretor do Hospital do Câncer disse ainda que a Neorad prestava o serviço de radioterapia, mas não para o hospital

Campo Grande News

20 de Setembro de 2013 - 14:57

A acareação entre a antiga e atual administração do Hospital do Câncer, realizada durante a CPI da Saúde, na manhã desta sexta-feira (20), na Câmara Municipal dos Vereadores, exaltou os ânimos do ex-diretor do hospital, Adalberto Siufi, principalmente quando questionado sobre a questão contratual da Neorad e o valor de 70% superior à tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), repassada a cada procedimento cirúrgico.

Questionado diversas vezes, inclusive pelo vereador Ademar Vieira Júnior (PSD), o Coringa, que ressaltou que ele ficava “nervoso e alterado” toda vez que questionado sobre o superfaturamento de 70%, Siufi garantiu que “recebia como um médico e não como diretor”.

“A Neorad era o nome fantasia da Safari Siufi, que prestava vários serviços na área de oncologia, sendo que a tarifa era cobrada somente em procedimentos cirúrgicos. Não há majoramento nenhum na radioterapia”, disse Siufi.

Em depoimento, o ex-diretor do Hospital do Câncer disse ainda que a Neorad prestava o serviço de radioterapia, mas não para o hospital. Porém, mais uma vez os vereadores tentaram falar sobre a versão contraditória. “Como a empresa não tinha vínculo com o hospital se o recurso chegava para lá e em seguida era repassado a Neorad?”, questionaram os vereadores.

Foi o momento em que iniciaram a discussão sobre as contas da empresa e do hospital, que inclusive possuem o mesmo contador. Somente do Hospital do Câncer, ele recebia R$ 8 mil para administrar o dinheiro. Sobre o contador, Siufi disse apenas lembrar que ele se chama Luiz Henrique.

“Como você não sabe o nome da pessoa que cuida do dinheiro da sua empresa e também do hospital?”, questionou Coringa. Foi o momento em que Adalberto falou que não sabia e o atual diretor do hospital, Carlos Coimbra, disse que rescindiu o contrato com o antigo contador e que contratou um nome profissional, de nome Olímpio Teixeira, o qual recebe aproximadamente R$ 5 mil, conforme Coimbra.

Outro ponto do debate foi à recomendação do Ministério Público Estadual, que há 16 anos já teria feito uma recomendação que nenhum conselheiro contratado poderia prestar serviço ao hospital com remuneração. E nem mesmo a Fundação Carmem Prudente não terá lucro para cuidar do hospital, incluindoos dirigentes e mantenedores.