Sidrolandia
Em carta, Dilma assina compromisso contra o aborto
A mensagem foi entregue pela campanha a líderes religiosos apoiadores da campanha petista para ser distribuído nas igrejas
Agência Estado
15 de Outubro de 2010 - 15:17
A candidata à presidência da república pelo PT, Dilma Rousseff, divulgou mensagem, nesta sexta-feira, na qual, nas palavras dela, "para pôr um fim definitivo à campanha de calúnias e boatos" espalhados pelos adversários eleitorais dela. "Minha campanha é pela vida, pela paz, pela justiça social, pelo respeito, pela prosperidade e pela convivência entre todas as pessoas", afirma Dilma em trecho do texto. A mensagem foi entregue pela campanha a líderes religiosos apoiadores da campanha petista para ser distribuído nas igrejas.
Dilma afirma defender a liberdade religiosa, assegurada pela Constituição Federal, e nega ser favorável ao aborto, como tem sido acusada pelos adversários na campanha. "Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre assunto", afirma a candidata, ao se comprometer em não enviar propostas ao Congresso que tratem de aborto ou "outros temas concernentes à família".
Sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), Dilma afirma que o texto é apenas "uma ampla carta de intenções", que está sendo revisto. "E, se eleita, não pretendo promover nenhuma iniciativa que afronte a família", assegura Dilma. De acordo com a petista, num eventual governo, editará lei programas focadas na família. Ela cita como exemplo os projetos do governo Lula, Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família.
Dilma diz ainda que, caso o projeto de lei 122/2006, que torna crime a homofobia no País, for aprovado pelo Senado, ela sancionará "os artigos que não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais individuais existentes no Brasil".
"Não podemos permitir que a mentira se converta em fonte de benefícios eleitorais para aqueles que não têm escrúpulos de manipular a fé e a religião tão respeitada por todos nós", continua a candidata, ao pedir apoio para "deter a sórdida campanha de calúnias" que, segundo Dilma, está sendo orquestrada contra ela.