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Sidrolandia

Embrapa busca desenvolver o cultivo de mandioca em MS

Assessoria

15 de Abril de 2011 - 09:24

O Chefe-Geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas/BA), Domingo Haroldo R.C. Reinhardt, veio à Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS), para conversar com o Chefe-Geral da Unidade, Fernando Mendes Lamas, sobre as estratégias de desenvolvimento do cultivo da mandioca em Mato Grosso do Sul através de geração e transferência de tecnologia.

A cultura da mandioca ocupa cerca de 34 mil hectares de área no Estado e constitui-se em atividade de relevante expressão econômica e social, cultivada fundamentalmente por pequenos agricultores e destinada basicamente para a produção de fécula. As indústrias produtoras de fécula estão instaladas na região sul do estado, destacando-se Ivinhema, Nova Andradina, Naviraí, Itaquiraí, Mundo Novo e Tacuru.

“Por ser uma cultura que possui expressão em termos de área, e considerando que é uma atividade importante para o agricultor familiar, nós, da Embrapa, estamos buscando mecanismos para apoiar a cultura. Temos trabalhos de pesquisa desenvolvidos em parceria com a Embrapa Mandioca e Fruticultura e o objetivo desse encontro é melhorar a nossa participação especialmente na geração e transferência de tecnologia”, diz Lamas.

Para isso, o Chefe-Geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura assumiu o compromisso em fortalecer a equipe de pesquisadores, dedicados ao trabalho de mandioca no centro sul. A intenção é viabilizar a vinda de um pesquisador para trabalhar em tempo integral com mandioca, somando esforços ao trabalho desenvolvido pelo Dr. Marcos Antônio Rangel, que coordena trabalhos de pesquisas na região. “Conseguimos uma compra maior de veículos no fim de 2010 e passamos uma caminhonete para uso do pesquisador Rangel e dos envolvidos no trabalho de mandioca no centro sul. Vamos perseguir outras formas de melhoria de apoio”, afirma Reinhardt.

De acordo com os trabalhos realizados nos últimos três anos pelo pesquisador Rangel e equipe, é possível melhorar o manejo da cultura de forma fácil, “havendo ganho em produtividade sem introduzir grandes inovações, apenas através de uma assistência técnica bem orientada”, diz Reinhardt.

Mas existem outras demandas que são consideradas pelas Unidades da Embrapa para o desenvolvimento de tecnologias: novas cultivares mais resistentes a algumas pragas e doenças; aumento de produtividade, principalmente em relação à produção de amido ao longo do ano; e manejo integrado de pragas e doenças.

Não se deve esquecer também a produção de material propagativo das novas cultivares e a limpeza desse material de doenças e de pragas. Para isso, o Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia de Dourados participará dos esforços para a oferta de manivas de qualidade em Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, a Embrapa Transferência de Tecnologia de Canoinhas, que possui infraestrutura de laboratório para indexação de viroses em batata, avaliará essa tecnologia para a indexação de materiais livres de bacteriose em mandioca.

Além disso, o programa de melhoramento genético da Embrapa Mandioca e Fruticultura, antes voltado quase totalmente para as condições do norte e nordeste do país, está sendo trazido para o Centro-Sul através de cruzamento de novos genótipos.

“A integração entre as Unidades gera boas perspectivas para se chegar a um resultado importante de uma forma mais rápida. E seguramente vai resultar em impactos para o produtor e para a cadeia produtiva a médio e longo prazo”, conclui Reinhardt.