Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 28 de Março de 2024

Sidrolandia

Entidades se unem contra Azambuja por temer demissões no comércio

Durante reunião feita no auditório da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), os representantes reforçaram a insatisfação com o projeto

Correio do Estado

30 de Outubro de 2015 - 16:40

Representantes de 11 entidades e sindicatos do comércio varejista de Campo Grande e do Estado se reuniram nesta sexta-feira (30) para afinar o discurso que será feito na próxima terça-feira (3) na Assembleia Legislativa. Os representantes de empresários pressionarão os deputados para que não aprovem projeto do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que prevê aumento de impostos em produtos considerados superfluos, como perfumes e cigarros.

Durante reunião feita no auditório da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), os representantes reforçaram a insatisfação com o projeto que já foi até aprovado em primeira votação na Assembleia.

O temor é que com o aumento do valor dos produtos, o consumidor que já reduziu os gastos por conta da crise, deixe ainda mais de comprar e, com isso, as demissões aumentem no setor varejista.

Um dos questionamentos do grupo é o fato de o projeto não detalhar quais produtos podem ser considerados superfluos fazendo com que itens de higiene pessoal, por exemplo, tenham aumento na carga tributária.

“O Governo está tendo uma visão financeira e não de buscar ver as necessidades, pois isso acarretará em problemas para o atacado e fornecedores. Com produto mais caro, pode favorecer o fechamento de pequenas empresas e o desemprego”, afirma Lodomilson Alexandre, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sinprofar-MS).

Atualmente, produtos de perfumaria e dermocosméticos representam 35% do faturamento de farmácias e perfumarias do Estado.

A preocupação é semelhante também na Associação dos Supermercados de Mato Grosso do Sul (Amas-MS). O presidente Marcelo Gonçalves afirma que os estabelecimentos têm faturamento de 15% com bebidas, 12% com perfumaria e 3% com cigarros.

“Isso vai diminuir o poder de compra do cliente que hoje com R$ 100 compra menos produto. Vender menos resultaria em demissões no seguimento”, completa o presidente.

Todos os temores e insatisfações serão apresentadas aos deputados na próxima terça-feira, mas já foram apresentadas ao Governo do Estado. O primeiro secretário da ACICG Roberto Oshiro explica que houve aumento da arrecadação do Estado com impostos.

“O Estado é o terceiro maior em arrecadação justamente pelos impostos. De janeiro a julho, foram arrecadados R$ 213 milhões, valor 5,13% maior que o ano passado”.