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Sidrolandia

Escolas do Sesi de MS enviam alunos a Torneio Regional de Robótica em Goiás

O time Tupinambótica, da Escola do Sesi de Corumbá, estudou a ave de rapina carcará e sua relação com a incidência de queimadas no Pantanal.

Daniel Pedra

08 de Dezembro de 2016 - 16:27

Três times compostos por alunos do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio das Escolas do Sesi de Corumbá, Naviraí e Três Lagoas embarcaram, nesta quinta-feira (08/12), em Campo Grande (MS), para participar do Torneio Regional de Robótica do Sesi, que será realizado em Goiânia (GO). Trata-se de um programa internacional voltado para crianças de 9 a 16 anos de idade com o objetivo de despertar o interesse em temas como ciência e tecnologia dentro do ambiente escolar.

Ao todo serão dois dias de competição, 9 e 10 de dezembro, em que os estudantes apresentarão os resultados das pesquisas desenvolvidas durante o ano com o tema Animal Allies (aliados dos animais). Para a gerente de educação do Sesi de Mato Grosso do Sul, Simone Cruz, o torneio é uma grande oportunidade para os alunos, pois envolve um intenso processo de aprendizagem.

“Eles levarão o que aprenderam durante o ano em sala de aula, mas é muito mais do que isso. A troca de experiências com alunos de outros Estados vai culminar num aprendizado ainda maior. Trata-se da iniciação científica dessas crianças e adolescentes, a busca por soluções para os problemas da sociedade”, disse Simone Cruz.

Cada time é composto por nove alunos e será avaliado nas categorias projeto de pesquisa, design do robô, desafio do robô (missões na mesa de competição) e core values (valores como competição amigável e ganho mútuo). Maria Clara Bessa, de 11 anos, integra o time The Vikings, da Escola do Sesi de Naviraí, que desenvolveu uma coleira para cães guia que emite sons diante de obstáculos. “O processo foi muito divertido. A pesquisa estimula a criatividade e nos ensina a trabalhar em equipe”, declarou.

O time Tupinambótica, da Escola do Sesi de Corumbá, estudou a ave de rapina carcará e sua relação com a incidência de queimadas no Pantanal. Maria Fernanda Silva, de 16 anos, ficou surpresa ao descobrir algumas características do animal que foi objeto da pesquisa. “Uma carcará fêmea bota, em média, cinco ovos de uma vez. Mas descarta dois e só choca três, para não atrapalhar o desenvolvimento dos filhotes”, informou.

Já João Felipe Azambuja de Freitas, de 14 anos, integra o time Tera Robotic’s, da Escola do Sesi de Três Lagoas, que estudou a viabilidade da criação de uma instituição de ensino em que a comunidade possa, no contraturno escolar, conviver com animais domésticos. “Muitas pessoas não podem ter animais em casa, por diversos motivos. Uma instituição que permita esse tipo de contato traria benefícios mútuos, tanto para as pessoas quanto para os animais”, disse.