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Sidrolandia

Estudantes da UEMS na Capital decidem manter invasão em campus

O ato é um protesto contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição), em análise no Congresso Nacional, que limita gastos públicos por 20 anos.

Campo Grande News

09 de Novembro de 2016 - 15:25

Os estudantes da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) decidiram, em assembleia manter a invasão do prédio da instituição em Campo Grande por tempo indeterminado. As aulas no campus estão suspensas, desde terça-feira (8).

O ato é um protesto contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição), em análise no Congresso Nacional, que limita gastos públicos por 20 anos.

Segundo Renderson Valentim, estudante do 3º ano do curso de artes cênicas, o número de estudantes envolvidos no movimento é de 100 a 120. “Isso sem contar que pessoas da comunidade também são solidárias à causa”, disse.

Segundo o estudante, o movimento aos poucos ganha mais e mais adeptos. Eles invadiram o prédio na noite de segunda-feira (7).

Na avaliação do estudante, o esforço é válido para evitar o que ele chama de retrocesso na educação. “Precisamos evitar o sucateamento da educação e da saúde”.

Contrários – Se de um lado um grupo de estudantes mantém a ocupação em protesto contra a PEC, de outro, estudantes que estão prestes a concluir o curso são contrários ao movimento. Na terça-feira eles documentaram a insatisfação contra a ocupação do prédio.

Segundo a estudante do 4º ano do curso de turismo, Mariana de Oliveira o grupo da ocupação solicitou o documento. “Somos contra a ocupação, não estamos nos posicionando sobre a PEC, queremos apenas que as turmas do 4º ano não fiquem prejudicadas”, disse. Segundo ela, toda segunda e sexta-feira é dia de apresentação de trabalhos finais de curso.

Mais incisivo o também aluno Rafael Almeida, que curso o 3º ano de letras disse que a ocupação não é legítima. “Quando votaram não havia nem 50% dos alunos da UEMS”, disse. As aulas foram suspensas na segunda-feira (07) por conta da ocupação e segundo a universidade as avaliações das bancas estão sendo mantidas às segundas e sextas-feiras e aulas devem ser retomadas assim que o prédio for desocupado.