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Sidrolandia

Ex-superintendente do Ibama é denunciado por omitir crimes ambientais

Um deles trata de corte ilegal de madeira protegida por lei. Ricardo Augusto Bacha foi flagrado derrubando aroeiras sem autorização ambiental

Campo Grande News

12 de Fevereiro de 2014 - 13:00

O ex-superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), David Lourenço, foi denunciado à Justiça por improbidade administrativa. De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), ele deixou de comunicar aos órgãos de investigação a ocorrência de crimes ambientais, favorecendo uma empresa e duas pessoas físicas.

Um deles trata de corte ilegal de madeira protegida por lei. Ricardo Augusto Bacha foi flagrado derrubando aroeiras sem autorização ambiental, mas nada foi denunciado.

A omissão de David Lourenço também beneficiou Lélio Ravagnani Filho, autuado por deter em cativeiro 18 jacarés, sem licença; e a empresa Iate Clube Vale do Sol, que construiu rego d'água e “arenou” várzea em área de preservação permanente, também sem autorização do órgão ambiental competente.

Para o MPF, ao omitir a comunicação dos crimes ambientais, o ex-chefe do Ibama/MS agiu de forma alheia aos interesses públicos. “Ao valer-se do cargo para favorecer os infratores, que poderiam estar respondendo criminalmente pelas ilegalidades praticadas”.

Se David Lourenço for condenado por improbidade administrativa, pode perder função pública; ter direitos políticos suspensos de três a cinco anos; e ser proibido de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de três anos.

Queda – A demissão de Lourenço foi comunicada em 17 de outubro de 2011. A saída foi consequência direta da Operação Caiman, da Polícia Federal, que investigou irregularidades na criação de jacarés e na pousada mantida pelo médico veterinário Gerson Zahdi Bueno, que era funcionário aposentado do Ibama.