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Sidrolandia

Exportações de industrializados do Estado aumentam em 26% no 1º semestre

Exportações de industrializados do Estado aumentam em 26% no 1º semestre

Daniel Pedra/Assessoria

18 de Julho de 2013 - 08:00

A receita de exportação de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresenta aumento de 26% no 1º semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, saltando de US$ 1,34 bilhão para US$ 1,69 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O crescimento foi alavancado pelos grupos “Papel e Celulose”, com alta de 105,5%, “Couros e Peles”, com elevação de 44%, “Extrativo Mineral”, com aumento de 31,5%, e “Complexo Carne”, com salto de 15,2%.

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, com uma receita equivalente a US$ 329,8 milhões, junho de 2013 registra o 4º melhor resultado já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul, ficando atrás somente dos meses de setembro de 2011, outubro e maio de 2012 com US$ 366 milhões, US$ 330,9 milhões e US$ 330,5 milhões, respectivamente. “Com os resultados, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 39 quebras de recorde nas receitas de exportação de industrializados. O que equivale a dizer que o recorde mês a mês, ao longo desse período, foi quebrado em 72,2% das vezes”, avaliou.

É importante destacar também que o desempenho observado de janeiro a junho de 2013 se deu sobre uma forte base de comparação, pois, em igual período nos anos de 2010, 2011 e 2012 as receitas totais da exportação de industrializados alcançaram US$ 961,3 milhões, US$ 1,37 bilhão e US$ 1,34 bilhão, respectivamente. Os dados indicam que de 2010 a 2013, no intervalo considerado, a exportação de industrializados cresceu, em média, 15,2%.

Ainda de acordo com Sérgio Longen, mantido esse crescimento, as exportações de industrializados devem fechar 2013 com um montante de US$ 3,3 bilhões, um valor superior ao registrado nos últimos dois anos pelo setor. Além disso, a participação da indústria nas exportações totais do Estado já representa 62,1%, enquanto em relação ao volume, a quantidade vendida ao exterior chega a 4,4 milhões de toneladas, indicando um crescimento de 20,5% em relação a igual período de 2012, quando foi comercializado o equivalente a 3,62 milhões de toneladas de produtos industrializados.

Grupos

Ainda conforme o Radar Industrial da Fiems, o desempenho observado teve como destaques as evoluções ocorridas, principalmente, graças aos grupos “Papel e Celulose”, “Couros e Peles”, “Extrativo Mineral” e “Complexo Carne”. Como indicado nos levantamentos anteriores, no caso do primeiro grupo, a expansão decorre do início da atividade de uma nova planta de celulose em Mato Grosso do Sul, que dobrou a capacidade nominal de produção do Estado, permitindo que novos clientes fossem atendidos e, principalmente, que os tradicionais compradores da celulose sul-mato-grossense pudessem ampliar ainda mais os volumes de suas aquisições.

Na primeira condição, observou-se que em relação a igual período do ano passado, são 16 novos destinos para os produtos do grupo “Papel e Celulose, proporcionando uma receita adicional equivalente a US$ 10,8 milhões. Em relação à segunda condição, países como a China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Coréia do Sul aumentaram suas compras em US$ 137,3 milhões, US$ 59,3 milhões, US$ 51,3 milhões, US$ 15,7 milhões e US$ 13,1 milhões, respectivamente. Quanto ao grupo “Couros e Peles” a receita de exportação ficou em US$ 73,2 milhões, apontando um crescimento de 44% sobre igual período de 2012, quando a receita foi igual a US$ 50,9 milhões, tendo como principais compradores China, Itália, Hong Kong e Vietnã.

No caso do grupo “Extrativo Mineral”, a elevação observada é em função dos aumentos ocorridos no volume embarcado e preço médio da tonelada do minério de ferro. Em relação ao volume, o total vendido alcançou 2,3 milhões de toneladas, resultado 5,3% maior que o obtido em igual intervalo de 2012, enquanto o preço médio da tonelada, na mesma comparação, apresentou variação de 21,4%, saindo de US$ 78,5 para US$ 95,3, proporcionando, uma receita de US$ 47,1 milhões. Adicionalmente, vale ressaltar o desempenho das exportações de minérios de manganês que, na mesma comparação, proporcionaram uma elevação equivalente a 101%, resultando em uma receita adicional de US$ 8,9 milhões.

Já no grupo “Complexo Carne” a expansão foi proporcionada pelo aumento das receitas obtidas com as carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango, carne congelada de frango não cortada em pedaços, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, bexigas e estômagos de animais, exceto peixes e outras miudezas comestíveis congeladas de bovinos que, somados, apresentaram um crescimento de US$ 69 milhões. Os países que mais contribuíram para o desempenho observado foram Hong Kong, Venezuela, Chile, Japão, Egito e Emirados Árabes Unidos que, somados, geraram uma receita adicional equivalente a US$ 92,3 milhões.