Sidrolandia
Família acredita que jovem foi baleado por engano
Parentes de Felipe Machado Felício, 19 anos, atingido por um tiro na cabeça ontem à noite acreditam que o rapaz tenha sido baleado por engano.
Campo Grande News
04 de Outubro de 2010 - 14:32
A tentativa de homicídio ocorreu na Avenida Afonso Pena, perto do Parque das Nações Indígenas, onde o grupo de Felipe estava quando foi surpreendido por outros jovens.
Felipe, o irmão Fernando e outros quatro jovens saíram do Shopping Campo Grande e seguiram a pé pela avenida, onde encontrariam o pai de um deles para levá-los em casa.
Quando estavam perto do parque, um grupo de pelo menos três pessoas se aproximou. Entre os autores estava uma moça e um jovem armado.
Segundo o irmão de Felipe, um desconhecido disse apenas: Você não gosta de bater nos outros? Você não gosta de brigar?.
Felipe apenas teve tempo de falar: Pelo amor de Deus, eu não sou disso.
A explicação de Felipe não foi suficiente para o autor, que descarregou o revólver contra o jovem e o grupo.
O tiro acertou a cabeça do rapaz, que está internado em estado gravíssimo na Santa Casa de Campo Grande.
O irmão da vítima conta que conseguiu jogar uma pedra contra o autor, que fugiu com o grupo para dentro do Parque das Nações Indígenas através das grades.
Fernando parou um carro que passava pela avenida e o médico que dirigia o veículo prestou os primeiros socorros a Felipe.
Ele está internado no hospital, onde a família está concentrada à espera de informações.
Ele não era uma pessoa de briga. Mal saía de casa. Terminou recentemente o ensino médio e ia prestar vestibular no fim ano, lamenta a mãe, que não quis se identificar.
Ela ressalta que o jovem é pacífico e não tinha antecedentes criminais. Antes de ir ao shopping, Felipe visitou a namorada.
Abalados - O irmão de Felipe ficou em estado de choque e só conseguiu ir ao hospital às 3 horas de hoje, cerca de cinco horas depois do crime.
Uma prima de Felipe, que tem grande ligação com o jovem, estava grávida e perdeu o bebê ao receber a notícia. A moça, cujo nome é preservado pela família, está internada na maternidade Cândido Mariano.
Suspeitos - Entre o grupo dos autores está uma jovem, que estava com casaco bege. Além das descrições físicas, testemunhas apontam esta roupa como um detalhe que possa levar à autoria da tentativa de homicídio.
Testemunhas dizem ter visto depois do crime o grupo andar de moto pela Avenida Afonso Pena. Familiares também afirmam que um grupo com as mesmas características perto do hospital.
A única coisa que a gente pede é que todo mundo ore para que tudo dê certo, finaliza outra prima sem se identificar. Os familiares contam que estão abalados e com medo.