Sidrolandia
FCO Empresarial ainda dispõe de R$ 100 milhões para liberar no Estado
Em seminário na Casa da Indústria, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, e o superintendente do BB, Marco Túlio, alertaram para a linha de crédito
Daniel Pedra
06 de Agosto de 2014 - 14:29
Durante o Seminário FCO Empresarial Recursos e Diretrizes, promovido nesta quarta-feira (06/08), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), pela Fiems, Faems, Fecomércio-MS, Sebrae/MS e Banco do Brasil, o superintendente do BB no Estado, Marco Túlio Moraes, informou que essa linha de crédito ainda dispõe para liberar R$ 100 milhões e os interessados devem apresentar propostas até 30 de setembro para que o montante não seja destinado aos outros Estados da Região Centro-Oeste.
Historicamente, Mato Grosso do Sul tem retirado recursos do FCO Empresarial de outros Estados (MT, GO e DF), porém, neste ano, em decorrência de uma série de fatores macroeconômicos, a predisposição para o crédito não está tão grande quanto no ano passado, analisou.
Marco Túlio reforçou que o Seminário foi realizado justamente para alertar os empresários da indústria e do comércio para a utilização desse recurso ainda disponível por meio do FCO Empresarial. Agora, eles precisam correr e apresentar propostas factíveis e que possam gerar emprego e renda para Mato Grosso do Sul, que o Banco do Brasil tem toda a intenção de liberar esse recurso, declarou, ressaltando que o FCO Empresarial permite a aquisição isolada de caminhões, exceto para empresas de grande porte, com prazo de 60 meses para pagamento e carência de até 12 meses.
Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, esse montante ainda disponível via FCO Empresarial está fazendo falta na economia estadual. Em conjunto com a Faems, Fecomércio e Sebrae, vamos criar uma frente de atuação para orientar os empresários associados a utilizarem esse recurso. Até R$ 199 mil não precisa de proposta e podem ser liberados em até 30 dias. Nós precisamos movimentar a indústria e o comércio e levar as propostas até o Banco do Brasil para que esse recurso seja injetado na nossa economia, pontuou.
Sérgio Longen reconhece que o empresário está cauteloso e em dúvida sobre fazer ou não investimentos. Nós precisamos fazer com que o empresariados sul-mato-grossense utilize esse recurso do FCO Empresarial, que tem prazos longos e juros baixos, para fomentar a nossa economia, declarou, completando que o FCO sempre foi uma grande frente de apoio ao desenvolvimento, contribuindo para que o setor produtivo de Mato Grosso do Sul possa aumentar os investimentos e alavancar ainda mais o Estado. A maior questão colocada pelo setor hoje é a burocracia. O Banco do Brasil informou que são R$100 milhões disponíveis para o empresarial e, neste intuito, nos mobilizamos para encontrar uma maneira de usar esses recursos, declarou.
Repercussão
Já o presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, reforçou a importância de discutir a linha de financiamento para agilizar e desburocratizar a liberação de recursos para os empresários.
O que nós queremos é que as exigências diminuam para oferecer mais facilidade ao empresário de conseguir o recurso que sobra e que dificilmente chega as suas mãos por conta desse travamento. Com os empréstimos o empresário tem a chance de aumentar sua competitividade no mercado, ponderou.
O presidente da Faems, Alfredo Zamlutti Júnior, ressaltou o papel das federações de auxiliar na agilidade dos processos e garantir mais progresso para toda a região, através de ações como esse encontro. O empresário precisa entender que deve estar unido para alcançar os objetivos, pois sozinho ninguém vai a lugar nenhum, disse. Para o superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, o objetivo agora é realizar um trabalho para dar mais agilidade aos recursos do FCO.
Os empresários precisam procurar as respectivas entidades representativas para que possamos esclarecer as dúvidas e melhorar os projetos, salientou Cláudio Mendonça. Para o superintendente estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário da Seprotur, Jerônimo Alves Chaves, o FCO é um forte instrumento para o desenvolvimento da região e pode fazer a diferença. Queremos que o entendimento seja traduzido em atos. Até 30 de setembro se o Estado não captar os recursos, eles serão redistribuídos, falou.
Na avaliação do empresário Massimo Notari Volpon, da Mineração Igram, a discussão das linhas de financiamento será esclarecedora para o empresariado. Essa transparência é fundamental para sabermos como agir, como fazer um projeto que faça acontecer, um projeto que possibilite ser aprovador e ter esse acesso ao crédito mais barato, afirmou. A gerente financeira da Discautol, Natalia Oshiro, acredita que o seminário permite um diálogo entre empresários e o Banco do Brasil.
Espero que essa linha de crédito venha trazer recursos para investimento, principalmente, em infraestrutura, reforma e equipamentos para atender a demanda com juros mais baixos, pontuou.