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Sidrolandia

Fiems projeta crescimento de até 10,1% para o setor industrial do Estado em 2017

Entre as obras entregues em 2016 e previstas para serem inauguradas em 2017, serão investidos R$ 149,6 milhões.

Daniel Pedra

21 de Dezembro de 2016 - 16:13

Na contramão das perspectivas de estagnação da economia, a indústria de Mato Grosso Sul prevê recuperação em 2017, quando comparado com 2016, e projeção de aumento do PIB (Produto Interno Bruto) do setor em 10,1%, com um salto de R$ 18,4 bilhões para R$ 20,2 bilhões, segundo dados do Radar Industrial. O levantamento foi apresentado nesta quarta-feira (21/12) pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, durante entrevista coletiva concedida à imprensa no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS).

“Esses números positivos não são por acaso. São resultado de um esforço conjunto entre a Fiems, na defesa dos interesses do setor industrial, e o Governo do Estado, especialmente na concessão de incentivos fiscais e na consequente atração de novos investimentos”, frisou Sérgio Longen, declarando ainda que espera que o Governo Federal cumpra com o planejamento e prossiga com as reformas política, fiscal, trabalhista e da previdência, pilares indispensáveis para a retomada do crescimento da economia.

Já o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, que também participou entrevista coletiva, detalhou os investimentos previstos e em andamento para Mato Grosso do Sul. “O Estado concentra os maiores investimentos no setor privado e esses investimentos são no setor industrial, totalizando 11 projetos, que junto somam mais de R$ 27,4 bilhões, sendo que nove deles, que representam 95,6% desse valor, já estão em andamento. Também somos um dos únicos Estados, ao lado de Mato Grosso, com saldo positivo de empregos, muito em função da atração desses novos investimentos”, esclareceu.

Outros números

Ainda segundo informações do Radar da Fiems, o faturamento das indústrias sul-mato-grossenses deve alcançar R$ 46,7 bilhões em 2017, um incremento de 8,5% em relação à 2016, que deve fechar o ano na casa dos R$ 43 bilhões. A exportação de produtos industriais no ano que vem também deve registrar variação positiva na comparação com 2016, e passar dos R$ 2,65 bilhões previstos para este ano para R$ 2,81 bilhões em 2017, aumento de 6%. Outro número positivo para o setor no Estado é a abertura de novas empresas. O Radar Industrial projeta aumento de 278 estabelecimentos comerciais em 2017, ou 3,5% em relação a 2016, sendo 8.215 empresas contra 7.937 contabilizadas neste ano.

Também haverá evolução no número de empregos formais na indústria. É esperado salto de 2,6% de carteiras assinadas no setor, segundo o valor estimado pelo Radar da Fiems. Estão previstos 130.400 trabalhadores formais nas atividades industriais do Estado em 2017, e o ano de 2016 deve fechar com 127.150. Quanto à remuneração do trabalhador da indústria, o cálculo do radar industrial prevê o pagamento de R$ 3,39 bilhões em salários no ano que vem, aumento de 7,7% no comparado com este ano, que deve fechar na casa dos R$ 3,14 bilhões.

Ações do Sistema Fiems

Durante a entrevista coletiva, Sérgio Longen também detalhou as ações do Sistema Fiems em 2016 e os investimentos previstos para 2017. “O Sistema Fiems está presente em 39 municípios, incluindo unidades do Senai, do Sesi, do IEL e Bibliotecas da Indústria do Conhecimento. Preenchemos, durante o ano de 2016, 123 mil vagas em 354 cursos espalhados por 54 cidades e pretendemos aumentar esse número em 2017, chegando a 153 mil vagas em 379 cursos nas 79 cidades do Estado”, detalhou.

Entre as obras entregues em 2016 e previstas para serem inauguradas em 2017, serão investidos R$ 149,6 milhões. “Em fevereiro, entregaremos o Senai Empresas, em março, a Escola da Construção do Senai, e em agosto, o Sesi SST, Centro de Referência de Inovação em Saúde e Segurança do Trabalho, todos em Campo Grande. Também vamos inaugurar o Instituto Senai de Inovação em Biomassa em Três Lagoas, seis novas Bibliotecas da Indústria do Conhecimento e uma série de reformas em Escolas do Sesi no interior”, detalhou o presidente da Fiems.