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Sidrolandia

Fisciais recolhem material ortodôntico que era vendido em loja de bijuteria

O ortodontista alerta ainda que todo material odontológico passa por testes para ser aprovado e ser utilizado.

Campo Grande News

24 de Fevereiro de 2014 - 07:19

Depois de uma denuncia anônima, fiscais do CRO-MS (Conselho Regional de Odontologia) recolheram de uma loja de bijuteria, em Naviraí, cerca de 60 kits de elásticos usados em aparelhos fixos. O flagrante aconteceu na semana passada.

 “O gerente da loja informou que comprou os produtos em São Paulo, em uma loja na 25 de março. Disse ainda que não sabia que não poderia comercializar os produtos que eram vendidos para adolescentes. Ele nos entregou todas as mercadorias”, explica o assessor jurídico do CRO-MS, Fabrício Lima, que acompanhou a ação de fiscalização.

A moda de colocar aparelho sem orientação profissinal virou moda em São Paulo e tem causado grande preocupação aos cirurgiões-dentistas. A moda nada saudável é colocar aparelhos ortodônticos, sem necessidade, apenas por estética e sem orientação alguma de um profissional habilitado. “Essa prática pode causar danos irreversíveis. A pessoa pode estar usando material tóxico, pode causar alguma alergia uma cola que prejudique estrutura do dente e gengiva. Além de que a pessoa pode engolir um material desse porque não está sob o cuidado de um profissional”, aponta o ortodontista, representante do CRO-MS, André Martins.

O Conselho orienta a população para denunciar este tipo de comércio irregular. “Não se compra aparelhos ortodônticos ou itens usados no procedimento dessa forma. A pessoa precisa de um acompanhamento odontológico regular, e é o cirurgiã-dentista quem vai identificar se é ou não necessário fazer algum tipo de correção”, ressalta o presidente do Conselho, Francisco Carlos Grilo.

O ortodontista alerta ainda que todo material odontológico passa por testes para ser aprovado e ser utilizado. A venda desses produtos é exclusiva para cirurgiões-dentistas, para uso profissional. “É bom lembrar ainda que aparelho não pode ser confundido com um enfeite, como um colar, brinco, anel. É parte de um tratamento. Até mesmo um paciente não pode solucionar algum problema com o aparelho em casa. É preciso entrar em contato com o dentista”, salienta André Martins.

Denúncias podem ser feitas pelo telefone: (67) 3321-0149 ou www.croms.org.br.