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Sidrolandia

Funcionário frauda boletos e tira R$ 450 mil de supermercado

Segundo o delegado Salomão, os produtos mais comuns, como cerveja, chegavam com os boletos no valor total, da mercadoria e o frete.

Midiamax

30 de Novembro de 2015 - 09:53

Euredes Lopes de Freitas, de 42 anos, funcionário de um supermercado atacado da Capital, foi autuado pela Polícia Civil por fraudar boletos de mercadorias para tirar dinheiro da empresa. Ele trabalhava no estabelecimento, localizado na Avenida Coronel Antonino, há 18 anos e dois motoristas que prestavam serviços ao supermercado também estavam envolvidos no esquema de furto.

De acordo com o delegado Reginaldo Salomão da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), dirigentes do supermercado atacadista verificaram que estavam perdendo competitividade com outras redes, por causa dos preços, que eram estabelecidos a partir do valor de mercado dos produtos. Os responsáveis pela empresa perceberam que era rotineiro os valores estarem acima do esperado e acionaram a polícia.

A Polícia Civil, a partir de investigações, confirmou que o auxiliar administrativo Euredes Lopes, que trabalhava no supermercado há 18 anos e tinha promoção em curso, fraudava notas fiscais e boletos. De acordo com a polícia, ele descobriu a senha da supervisora e, com essa senha, alterava os valores dos boletos de pagamento.

Segundo o delegado Salomão, os produtos mais comuns, como cerveja, chegavam com os boletos no valor total, da mercadoria e o frete. Euredes retirava o valor do frete e fraudava o boleto, para que a rede atacadista tivesse que pagar novamente. O dinheiro era desviado para duas contas bancárias, de motoristas que prestavam serviços ao supermercado.

Os policiais chegaram até os motoristas José Romero Lima, de 41 anos e Antônio Pereira Sobrinho, de 57 anos. A informação é de que eles sacavam o dinheiro dos fretes falsos, se reuniam com Euredes no banheiro do supermercado e dividiam os valores. Com José foram encontrados R$ 20 mil, com Antônio R$ 30 mil e com Euredes R$ 4 mil, além de um Renault Sandero comprado com o dinheiro ilícito. Além disso, o funcionário gastava o dinheiro em viagens.

Policiais da Derf seguem com as investigações sobre o caso e o trio foi ouvido, autuado por furto mediante fraude, majorado pelo concurso de pessoas, e liberado, já que não foi detido em flagrante. Segundo a polícia, eles deram prejuízo de pelo menos R$ 450 mil ao supermercado e tiravam de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil por dia.