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Sidrolandia

Funcionários param HU e protestam contra o não pagamento de plantões na Capital

Além da paralisação, cerca de 100 trabalhadores realizam uma manifestação na entrada do hospital, na Avenida Filinto Muller, na Vila Ipiranga

Campo Grande News

05 de Setembro de 2014 - 10:07

Funcionários do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian paralisaram as atividades e realizam protesto, na manhã de hoje (5), contra o fim do pagamento dos plantões. Sem a gratificação, eles tiveram redução de aproximadamente 50% nos salários desde dezembro, quando a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) assumiu o comando da instituição.

Além da paralisação, cerca de 100 trabalhadores realizam uma manifestação na entrada do hospital, na Avenida Filinto Muller, na Vila Ipiranga. Técnicos de enfermagem, enfermeiros, nutricionistas e funcionários da lavanderia estão vestidos com roupas pretas e com a frase: “luto, meu suor é sagrado”.

Segundo o coordenador-geral do Sista/UFMS (Sindicato dos Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Lucivaldo Alves dos Santos, desde que a Ebserh assumiu a gestão do HU, em dezembro do ano passado, os funcionários deixaram de receber pelos plantões. O valor representava de 40% a 50% do salário.

Em decorrência do corte, segundo o sindicalista, os funcionários estão endividados e recorrendo a agiotas para pagar as contas e manter o sustento da casa. “A insatisfação é geral”, destacou Lucivaldo. A Ebeserh informou aos funcionários que só vai retomar o pagamento dos plantões após concluir auditoria na folha de pagamento.

A técnica de enfermagem Simone Justino contou que o seu salário teve redução de 50%. Ela disse que além de receber menos, está sendo obrigada a trabalhar mais porque não houve a contratação de funcionário. “To cheia de dívidas, todo mundo tem filhos para cuidar”, queixou-se.

Segundo Ely Pereira, que tem 28 anos de serviço prestado ao HU, nunca houve uma situação tão desesperadora como essa. “Trabalhei, logo mereço receber”, afirmou.

Apesar da paralisação, 30% dos funcionários estão trabalhando, segundo o sindicato. Eles só estão restringindo o acesso de veículos particulares. Ambulâncias têm acesso livre ao hospital.