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Sidrolandia

Gestão de recursos hídricos é debatida junto a empresários em Três Lagoas

A engenheira florestal Mariana Amaral assistiu as palestras e ficou preocupada com a falta de informação entre os gestores industriais.

Daniel Pedra

10 de Novembro de 2016 - 08:47

Gestores de empresas que fazem captação de água ou descarte de efluentes resultantes do processo industrial no município de Três Lagoas (MS) debateram, na tarde ontem (09/11), no auditório do Hotel OT, sobre gestão de recursos hídricos durante evento promovido pelo Coema (Conselho Temático Permanente de Meio Ambiente) da Fiems, Imasul e a Fibria.

Segundo o presidente do Coema da Fiems, Isaías Bernardini, o evento foi uma solicitação do Governo do Estado, por meio da Semade (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico). “Todo usuário de recursos hídricos precisa de autorização, precisa ter a outorga do uso da água. Por isso promovemos este evento, para esclarecer os principais pontos do instrumento de outorga para os gestores industriais da região de Três Lagoas”, pontuou.

O gerente de recursos hídricos do Imasul, Leonardo Sampaio Costa, foi um dos palestrantes e falou sobre o instrumento de outorga em vigência no Estado desde 2015. “Ele tem o objetivo de fazer o controle efetivo da qualidade e da quantidade dos recursos hídricos de Mato Grosso do Sul, garantindo para todos os usuários, inclusive a indústria, que não falte água de qualidade no futuro”, explicou.

João Lages Neto, consultor em meio ambiente industrial da Fibria em Aracruz (ES), levou aos participantes a experiência com o gerenciamento de recursos hídricos em regiões com escassez de água. “Os Estados das regiões Sudeste e Nordeste apresentam graves problemas relacionados à qualidade e à quantidade da água consumida e Mato Grosso do Sul, mesmo distante destes cenários, precisa se precaver. As empresas precisam avaliar a responsabilidade, enquanto agentes e usuários no processo de produção”, frisou.

A engenheira florestal Mariana Amaral assistiu as palestras e ficou preocupada com a falta de informação entre os gestores industriais. “Por isso achei muito importante à presença de profissionais de outros Estados, onde a escassez de água já é uma realidade. Isso nos leva à reflexão e nos deixa alertas em relação à legislação e ao futuro”, comentou.