Sidrolandia
Governo elabora estratégia para administrar MS como empresa privada
As autoridades deixaram claro que o objetivo é que Mato Grosso do Sul seja tratado como uma empresa privada
Campo Grande News
24 de Junho de 2015 - 16:21
Administrar o estado de Mato Grosso do Sul como se fosse uma empresa. Essa é a ideia do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e que foi exposta hoje, pelo secretário de Governo Eduardo Riedel, durante a apresentação das ações do Movimento Brasil Competitivo. Desde o início do ano, o governo recebe consultoria para melhorar a gestão.
Durante almoço realizado na Fiems (Federação da Indústria de MS), com a participação de secretários de Estado e representantes da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária) e Fecomércio (Federação do Comércio de MS), Riedel falou sobre a gestão estadual e as ações que estão sendo tomadas para otimizar a administração.
As autoridades deixaram claro que o objetivo é que Mato Grosso do Sul seja tratado como uma empresa privada. "O Estado está fazendo gestão parecida com as empresariais. Eles começam a fazer agora, o que já fazemos nas indústrias", disse Sérgio Longuen, presidente da Fiems.
Riedel iniciou seu discurso dizendo que não é mais possível manter um modelo de condução do poder público da maneira como sempre foi. "O modelo de gestão hoje está falido e nós temos que ser claros e extremamente diretos com isso. Vamos reiventar e fazer gestão", disse o secretário, ao afirmar que precisa continuar tendo apoio de diferentes setores. "As mudanças não serão poucas, vamos para o embate".
Fazem parte do Movimento Brasil Competitivo, ações já tomadas, como o compromisso dos secretários em cumprir metas e o PPA (Plano Plurianual). Agora, Riedel afirma que quer o compromisso dos 74 mil servidore estaduais. "Não adianta colocar um planejamento estratégico, uma meta, uma ação, se isso não for transformado dentro da cabeça das pessoas".
Por meio de reuniões estratégicas com periodiciadade entre semanal e bimestral, o modelo de gestão desenvolvido pelo governo funciona basicamente como uma empresa privada. São calculados os gastos e arrecadação de cada setor e estabelecidos os destinos de investimentos, de modo a contemplar o que é necessário, sem seder a pressões.
Para que isso fique claro, o governo também desenvolveu um sistema financeiro que contabiliza as receitas e despesas de cada secretaria e que pode ser controlado on-line. Outra novidade, é que a partir de julho, o governo promete reformular o Portal da Transparência e atualizá-lo diariamente.
No fim, Longuen lançou o desafio de o governo mostrar para a população o que é investido em cada setor e como isso volta em serviços. "Mostrem quando o governo repassa para a Câmara, por exemplo, e quando é o retorno para a sociedade disso", afirmou o presidente da Fiems.