Sidrolandia
Gravações mostram que Artuzi pode manipular provas
Campo Grande News
17 de Setembro de 2010 - 15:32
A decisão liminar do desembargador Claudionor Abss Duarte, determinando o afastamento temporário do prefeito Ari Artuzi (sem partido), cita gravações da operação Uragano (furacão em italiano), realizada pela Polícia Federal, para comprovar que Artuzi pode manipular provas caso seja solto e retorne à prefeitura.
Num dos diálogos, travado entre Artuzi, Eleandro Passaia (autor das denúncias contra o prefeito) e Cláudio Gaiofato (que tinha cargo de assessor especial), o prefeito cogita mandar terceiros ao Paraguai para comprar drogas e colocar nos pertences de uma mulher identificada como Preta. O recurso seria para ferrá-la e a transformar em uma testemunha sem moral.
A segunda gravação citada na decisão é sobre a intenção de matar integrantes da família Uemura. Há captação de diálogos entre Ari Valdeci Artuzi, Eleandro Passaia e João Kruger no sentido de contratarem um terceiro não identificado, mediante paga, para matar Sizuo Uemura, Eduardo Uemura e Helena Uemura, diz desembargador na decisão sobre afastamento de Artuzi.
Artuzi é réu no processo por corrupção aberto após a Operação Owari (ponto final em japonês), realizada em julho de 2009 pela PF (Polícia Federal). A ação revelou fraudes em licitações para privilegiar o Grupo Uemura.
Em Dourados, no dia da operação Uragano, foi divulgada a informação que Artuzi queria levantar R$ 1,3 milhão para pagar o empresário Sizuo Uemura. O áudio é de uma conversa no dia 7 de junho de 2010 entre Passaia e o empresário Edson Freitas da Silva, da Vale Velho.
Preso na 3ª delegacia de Campo Grande, Artuzi foi expulso do PDT, partido ao qual era filiado desde 2007, e teve os bens sequestrados pela justiça.