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Sidrolandia

Greve dos bancários fecha mais de 11 mil agências pelo país, diz Contraf

Paralisação entrou na segunda semana nesta terça-feira (13). Canais alternativos estão disponíveis para várias operações, diz Febraban.

G1

14 de Outubro de 2015 - 08:13

No oitavo dia de greve dos bancários no país, o número de agências fechadas no país subiu para 11.437, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (8) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O número representa aumento de 619 agências em relação ao dia anterior de greve.

De acordo com o Banco Central, o país tem 22.975 agências instaladas no país.

A proposta econômica apresentada pela Federação Nacional dos Bancos – FENABAN, prevendo reajuste salarial, pagamento de abono e participação nos lucros (PLR), foi recusada pelas lideranças sindicais. A Federação aguarda uma nova proposta dos bancários para que possamos prosseguir nas negociações que resultem em acordo.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que aguarda uma nova proposta dos bancários para "prosseguir nas negociações que resultem em acordo", uma vez que a apresentada pelos bancos foi recusada pelas lideranças sindicais.

A Febraban não faz levantamentos sobre o impacto da paralisação nos bancos, mas destaca que os bancos oferecem diversos canais alternativos para a realização de transações financeiras.

De acordo com a Febraban, os clientes poderão fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.

O que pede a categoria 

A greve foi iniciada no dia 6. Os bancários pedem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.

A proposta apresentada pela Febraban, rejeitada em assembleias, oferece reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16).

Foram também propostos os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87, auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros. 

Greves em 2013 e em 2014

No ano passado, os bancários fizeram uma greve entre 30 de setembro e 06 de outubro. Os trabalhadores pediam em reivindicação inicial reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pedia aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, gratificação de caixa, entre outros. A greve foi encerrada após proposta da Fenaban de reajuste de 8,5% nos salários e demais verbas salariais, de 9% nos pisos e 12,2% no vale-refeição.

Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.