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Sidrolandia

Impostômetro deve bater R$ 900 bilhões hoje, mais de um mês antes do que em 2009

A arrecadação de impostos do governo deve bater na casa dos R$ 900 bilhões nesta quinta-feira (30), segundo uma estimativa da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

R7

30 de Setembro de 2010 - 09:31

A arrecadação de impostos do governo deve bater na casa dos R$ 900 bilhões nesta quinta-feira (30), segundo uma estimativa da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). A marca, se confirmada, será atingida mais de um mês antes do que nos anos anteriores: em 2008, ocorreu em 9 de novembro e, no ano passado, no dia 7.

O Impostômetro, inaugurado em 20 de abril de 2005, calcula o valor dos tributos pagos pelos empregados da iniciativa privada com carteira assinada, os funcionários públicos, os profissionais liberais e os trabalhadores informais.

O dinheiro arrecadado com impostos pelos governos federal, estaduais e municipais seria suficiente para pagar um salário mínimo (atualmente em R$ 510) para 1,76 bilhão de pessoas, cerca de nove vezes a população brasileira.

Segundo o presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), João Eloi Olenike, os números apontam uma previsão da arrecadação total para 2010 de R$ 1,27 trilhões.

- Serão quase R$ 180 bilhões a mais em relação ao ano passado.

Alencar Burti, presidente da ACSP, diz que o número seria positivo se o Brasil investisse tanto quanto arrecada.

- Essa arrecadação tem duas fases: o lado positivo mostra que a economia está acelerada, mas ao invés de tantas despesas, [o país] deveria ter mais investimentos. Esse é o anseio do povo brasileiro e a resposta é dos governantes.

Segundo dados do IBPT, proporcionalmente, o brasileiro trabalhou 148 dias em 2010 só para pagar seus impostos. Os outros 217 dias do ano ficaram disponíveis para ele gastar consigo ou com a família.

No ranking dos impostos do mundo, o país fica atrás somente da Suécia e da França, onde são necessários 185 e 149 dias trabalhados, respectivamente, para pagar os tributos. Neste ano, a previsão é de que o brasileiro destine 40,54% da sua renda para pagar impostos.