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Sidrolandia

Índia Caiuá de 102 anos que não anda e pouco fala teve que provar que está viva

Até janeiro quem recebia aposentadoria era a filha de Rosalina que de posse do cartão e da senha sacava o dinheiro no banco

Midiamax

07 de Abril de 2011 - 13:13

Rosalina Jenoário é uma velha índia da etnia Caiuá que não anda mais e pouco fala. Com estado de saúde debilitado ficou dois meses sem receber a aposentadoria de R$ 545,00 porque o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) achou que ela não mais vivia.

Para provar que ainda estava viva Rosalina que está com 102 anos de idade teve que ir até a agência do Banco do Brasil no centro de Dourados para ser vista pelo gerente da agência. Até janeiro quem recebia aposentadoria era a filha de Rosalina que de posse do cartão e da senha sacava o dinheiro no banco.

Acontece que Rosalina teve que se deslocar da Agrovila Formosa distante 50 km de Dourados para ir até a agência bancária. O neto Célio da Silva de 26 anos foi incumbido de trazer a “índia velha” até o banco.

Acontece que Célio não tem carro. A idoso poderia ser transportada por uma ambulância mas o Posto de Saúde da Vila Formosa não conta com este tipo de veículo. Célio contratou um taxi. Dos R$ 545,00 teve que dar R$ 140,00 para a corrida do taxi.

Os funcionários do Banco foram até o taxi que esta do outro lado da rua para conferir se Rosalina Jenoário realmente é viva e não quiseram ser fotografados ou dar entrevista.

A partir de agora Rosalina que é mãe de nove filhos e pertencente a tradicional família Isnarde da Reserva Indígena de Dourados terá que voltar todos os meses na agência para receber o benefício.

Célio afirmou que vai tentar junto ao INSS uma autorização para que a aposentadoria seja liberada sem a presença da idosa que não pode mais se locomover de um lado para outro por causa do seu estado.