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Sidrolandia

Indígenas ‘acampam’ e dizem que só liberam trecho da Perimetral após compromisso de sinalização

O protesto teve início por volta das 16h e continuará até a segunda-feira (21). Os motoristas devem evitar trafegar naquela região

Dourados News

20 de Julho de 2014 - 23:31

Os indígenas que bloqueiam o trecho da Perimetral Norte entre a avenida Guaicurus e a MS-156, disseram que só deixarão o local após terem a certeza, por meio de documento emitido por autoridades, que o local receberá sinalização adequada. Na tarde deste domingo, Lenilza Nunes Fernandes, 46, moradora na Aldeia Bororó, Reserva Indígena de Dourados, foi atropelada na via por um Fiat Uno e encaminhada para o Hospital da Vida em estado gravíssimo.

O protesto teve início por volta das 16h e continuará até a segunda-feira (21). Os motoristas devem evitar trafegar naquela região. A parte da Perimetral entre a MS-156 e a BR-163 está liberada no momento.

Segundo Gaudêncio Benitez, liderança Bororó, o número de indígenas vítimas de acidente no local vem crescendo e o bloqueio é para chamar atenção da classe política por mais segurança na via.

“A revolta da comunidade é grande. Precisamos de segurança por aqui. Lombadas, sinalização, fiscalização eletrônica, o que for preciso para evitar esses acidentes. Recentemente uma mulher morreu atropelada, hoje [domingo] tivemos esse outro caso. Tem muito sangue sendo derramado aqui. Só vamos sair quando houver um documento por parte das autoridades garantindo a sinalização desta parte da rodovia. Na segunda vamos conversar com lideranças Jaguapiru para que possamos bloquear outra parte da via, porque o sangue que derrama aqui, derramará lá também se não houver essas medidas”, comentou a reportagem.

O bloqueio foi feito com galhos e pedaços de madeira. O trânsito no local é calmo, porém, ficou bastante congestionado à tarde. Os motoristas retornaram para poder seguir o trajeto.

CASO RECENTE

Indígenas ‘acampam’ e dizem que só liberam trecho da Perimetral após compromisso de sinalizaçãoNo dia 22 de junho, Plácida Soares Fernandes, 41, morreu ao ser atropelada por um Renault Logan, conduzido por um homem de 34 anos, residente na cidade de Campo Grande. Moradora na Aldeia Bororó, ela seguia pela Perimetral Norte, quando acabou atingida.

De acordo com o registro de ocorrência, o motorista trafegava pela via, quando, segundo relato dele, avistou a indígena na pista, não tendo tempo para desviar. A pista não a iluminação e o transito dos moradores da Bororó é intenso.