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Sidrolandia

Indústria da construção civil prevê crescimento de até 3,5% neste ano

O presidente do Sinduscon/MS explica que a indústria da construção civil enfrenta entraves com o governo.

Daniel Pedra/Assessoria

21 de Janeiro de 2014 - 08:00

A indústria da construção civil em Mato Grosso do Sul estima crescer em torno de 3,5% neste ano em relação ao faturamento de R$ 2,26 bilhões obtido no ano passado, representando algo em torno de R$ 2,33 bilhões. A estimativa mantém o mesmo índice de 2013, com possibilidade de retração, conforme avaliação do presidente do Sinduscon/MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul), Amarildo Miranda Melo, com base em levantamento do Radar Industrial da Fiems.

O presidente do Sinduscon/MS explica que a indústria da construção civil enfrenta entraves com o governo. “Temos muita demora em relação às licenças ambientais, licenças construtivas, alvarás, habites e registro de imóveis. Isso tem atrapalhado o segmento e, por isso, o empresariado entra o ano ainda receoso”, disse.

Outro fator que tem freado um crescimento maior do segmento são os preços. "Os preços estão inadequados à realidade do mercado, principalmente no que diz respeito às obras públicas. A burocracia é muito grande, os preços precisam ser corrigido", pontuou Amarildo Melo.

Ele acrescenta ainda que o Sinduscon/MS tem atuado para enfrentar os gargalos do setor. “Buscamos contato com os secretários de Obras e de Habitação do Estado para tratar dos preços e a desburocratização dos serviços. Com essa reunião, que está agendada para o início do ano ainda, esperamos visualizar um novo cenário para o segmento”, afirmou.

Qualificação

Hoje, Mato Grosso do Sul tem 2.661 estabelecimentos no segmento da indústria da construção civil, que juntos empregam 40.154 industriários, conforme dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

No entanto, ainda de acordo com Amarildo Melo, a indústria da construção teve um momento de grande dificuldade que foi a década de 90, considerada perdida. “Hoje, apesar de tudo, ainda estamos em um bom momento e para dar continuidade a isso e crescer é preciso que seja criado um melhor ambiente de negócios, melhorando a infraestrutura”, declarou.

O presidente do Sinduscon/MS acrescenta também que, quanto mais pessoas qualificadas o segmento tiver tivermos, mais trabalhadores estarão empregados, isso porque as indústrias da construção civil necessitam de mão de obra especializada. “A Fiems, por meio do Senai, trabalha junto ao segmento na capacitação de mão de obra na área de eletricista, pintor e pedreiro, mas a nossa demanda é muito grande e ainda não conseguimos suprir a maioria dessa demanda”, destacou.