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Sidrolandia

Inquérito confirma nepotismo e diretor do Detran é "alertado" para demitir sobrinho

Outros nomeados devem perder vaga no Detran-MS.

Midiamax

08 de Dezembro de 2016 - 13:52

O MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) recomendou nesta quinta-feira (8) que o diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) Gerson Claro Dino exonere seu sobrinho, Lucas Bernardo Barbosa Marques do cargo de assessor de setor no órgão.

Após a conclusão do inquérito civil, que investigava o caso, o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira recomendou a exoneração, pois ficou comprovado o parentesco.

Além dele, Fernanda Stella Okumoto e Anette de Castro Muniz também são parentes de diretores do órgão e devem ser exoneradas. Anette é lotada na Agência Regional de Trânsito Gerência Regional e cônjuge de Marcelo de Almeida Soares, ocupante da função de confiança de Chefia na Divisão de Serviços Administrativos.

Fernanda exerce a função de confiança de assessoria de setor e é cônjuge de Luiz Fernando Ferreira dos Santos, Chefe do Setor de Registro de Condutores. Gerson Claro deverá exonerar os três em até 30 dias e encaminhar a documentação ao MPE-MS.

Investigações no Detran-MS

Outro inquérito civil investiga o uso de carro oficial do Estado pelo diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) Gerson Claro Dino (PSB), e por um servidor do órgão, que teria até uma cadeirinha de bebê em um Renault Logan de propriedade do governo.

De acordo com o MPE, o inquérito visa ‘apurar eventual ato de improbidade administrativa decorrente do suposto uso de veículo oficial do DETRAN/MS para fins particulares’. Este é o segundo processo com o mesmo objetivo publicado pelo órgão em menos de dois meses.

Segundo o denunciante, ‘todos veículos oficiais que eram para atender a necessidade do DETRAN, mas viraram carro particular de diretores e seus apadrinhados. Sendo que alguns desses veículos foram comprados com recurso do seguro DPVAT’.

De acordo com o inquérito, Gerson teria contratado um motorista particular, pago com recursos do governo, e utilizaria o veículo oficial, uma VW Amarok 4x4, para fazer viagens a sua propriedade rural.

Esta mesma investigação já havia sido publicada pelo MPE em 22 de junho, e à época Gerson Claro afirmo que denúncias estavam ‘na moda’.

“É uma denúncia anônima. O Ministério cumpre seu papel de investigar e nós cumprimos o nosso de dar a resposta que a sociedade quer. Estou tranquilo com relação a isso. Queremos fazer uma gestão eficiente e de entrega para a sociedade”, respondeu o diretor do Detran.

Um dos denunciados, Aldenir Barbosa do Nascimento, era diretor-financeiro do Detran e foi remanejado no final de 2015 para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. O MPE investiga se ele também usava veículos oficiais para fins particulares.