Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sábado, 20 de Abril de 2024

Sidrolandia

intensificará o combate ao tráfico de drogas em Dourados

Waldemar Gonçalves - Russo

19 de Janeiro de 2011 - 16:12

O telefone disque-denúncia 0800-647-6300 e o e-mail [email protected] ou [email protected], estes são os meios que todas as pessoas de bem residentes em Dourados poderão fazer o uso para denunciar traficantes e principalmente os pontos de vendas de distribuição de drogas que infelizmente estão infestando e destruindo a cada dia que se passa nos últimos anos, a juventude da cidade.

Com a proliferação do tráfico de drogas na cidade, em especial o alto índice de crescimento da venda de pedras de crack sem que algo emergencial seja feito para que este malefício seja combatido, em que pese os esforços da PM (Polícia Militar) através do 3º BPM, a Civil e até mesmo da GM (Guarda Municipal), todavia, o atual comandante do DOF (Departamento de Operações de Fronteiras), coronel/PM Joel Martins dos Santos, disse em entrevista que não só a sua instituição policial, mais sim todos os organismos policiais a serviço da sociedade douradense, somente poderá combater esta prática de crime, se contar com denúncias sérias, que possam fazer com que os autores sejam identificados e presos em flagrantes para serem colocados foram de circulação.

“Muitas pessoas sabem que próxima a ela existe um ou mais ponto de vendas de drogas e não colabora com a polícia denunciando os traficantes. Isso é ruim não só para ela, mais sim para a sua comunidade, para a cidade, pois faz com que aumente a criminalidade, os furtos em residências, assaltos, estupros e principalmente os números de tentativas e homicídios, que claro, tem sempre como vítimas a juventude e até mesmo adultas que infelizmente caíram na desgraça do vício”, disse Joel Martins.

PORTAS ABERTAS

Joel Martins por sua vez diz que as portas do DOF sempre estiveram abertas para a comunidade douradense, e que sempre que foi procurado por pessoas aflitas com problemas de drogas dentro de suas casas, sempre as atendeu, buscando identificar e prender o traficante que estaria fornecendo drogas para algum dos familiares delas. “Entendo que os organismos policiais de Dourados são bem forte, mais nada impede do nosso departamento dar um apoio a eles” disse Joel Martins voltando a enfatizar que uma denúncia de determinado ponto de vendas de drogas sendo séria, facilita a ação de seus policiais para que o autor seja surpreendido em flagrante e preso. “Nós entendemos que a comunidade tem de ver a policia como uma mão amiga e mão inimiga dela, daí a importância de estarmos trabalhando em conjunto” disse o comandante.

PROJETO

Um dos projetos em andamento segundo Joel Martins para ser colocado em prática neste ano, será um trabalho conjunto com o GAECO (Grupo de Atuação Especial), que foi criado e tem atuação especial na função básica ao combate a organizações criminosas e se caracteriza pela atuação direta dos Promotores, que na prática de atos de investigação, diretamente ou em conjunto com organismos policiais e outros organismos de uma cidade. “Atuando com o GAECO poderemos intensificar ainda mais o combate não só aos traficantes, mais sim a todos aquele que vivem às margens da Lei cometendo os mais diversos delitos contra as pessoas de bem.

Com o GAECO ao nosso lado nossos policiais atuariam com maior segurança no combate aos malfeitores”, disse o comandante, voltando a dizer que se a população colaborar com os organismos policiais, em especial com o seu departamento com informações precisas sobre qualquer tipo de atos ilícitos em seu bairro, principalmente de pontos de vendas de drogas, tal ato facilitará a ação policial para combater os traficantes que apostam na impunidade para comercializarem suas drogas.

COMO AJUDAR

Para uma pessoa de bem ajudar os organismos policiais, incluindo o DOF com informações sobre determinado ponto de vendas de drogas ou de traficantes, o comandante solicita para que elas forneçam o maior número possível de informação, tais como endereço da rua e número da residência e o bairro; possível nome ou apelido da pessoa envolvida no crime, bem como um ponto de referencia do local e qual o dia e o horário seria o de maior movimento no local, embora seja sabido que é nos finais de semanas ou em feriados prolongados como o carnaval é que aumentam ainda mais as ações dos traficantes.

Em caso do traficante estar fazendo “correria” para passar seus produtos, o comandante pede para que a pessoa denunciante informe se ele faz a operação a pé, de bicicleta, de moto ou até mesmo de carro, e qual é a sua área de atuação, assim como forneça as suas características, nome ou apelido e alguns dados pessoais sobre a sua aparência.

“Uma referencia da casa, por exemplo, a cor dela ou se na sua frente consta algum pé de árvore ou algo que possa ser visualizado pelos policiais, também é de fundamental importância para um monitoramento do local suspeito”, disse o comandante, voltando a pedir para que a comunidade se una em torno deste objetivo da polícia, que é o de combater os traficantes que estão atuando na cidade.

“Correria” vale ressaltar é um meio usado pelos traficantes para passar suas drogas em ritmos itinerantes, ou seja, sem ter um local fixo para atuar como é o caso das bocas de fumo como são denominados os pontos de drogas, para dificultar as suas prisões.

MÃO AMIGA

Outro fator que Joel Martins faz questão de frisar, é que o DOF sempre atua no mais diversos tipos de criminalidades, porém sempre resguardado dentro da Lei e do direito do cidadão de bem e em busca de fazer a prisão dos malfeitores.

Dizendo que o DOF é uma mão amiga da sociedade organizada, independente de sua posição financeira, o comandante lembra que em muitos casos, a família descobre que um dos seus integrantes está envolvido com drogas e não procura o apoio das unidades policiais para ser orientada.

 “O correto seria o pai ou a mãe ao saber que seu filho -ou filha- estaria envolvido com drogas, procurar um organismo policial e comunicar o fato, porém para fazer este tipo de procedimento é de suma importância ele ou ela informar quem ou em que local o usuário estaria buscando a droga” disse o militar citando que “não adianta nada a família levar o seu dependente para se tratar, sem tirar dele e passar para a polícia, pode até ser para o DOF, mesmo que seja através de uma denúncia anônima, quem estaria fornecendo ou o local aonde ele adquire a droga, pois numa eventual recaída, que não é difícil de acontecer, o mesmo voltaria a procurar o traficante que sempre lhe vendeu a droga para consumir” orientou Joel Martins, voltando a afirmar que as portas do DOF ou o disque-denúncia da instituição, estarão sempre abertas para o atendimento da família seja ela douradense ou de cidades vizinhas.

Joel Martins encerra a reportagem deixando claro que as pessoas que mantiverem contato com os serviços de disque-denúncia do departamento não precisarão se identificar, e aquelas que se identificarem terão seus nomes mantidos em sigilo absoluto, conclui ele repetindo o endereço do disque-denúncia, que é o 0800-647-6300 e o e-mail [email protected] ou [email protected] .